As Peripécias da Caravana de Lula
Um
integrante da segurança de Lula da Silva agrediu nesta segunda-feira repórter
de O Globo, na cidade paranaense de Francisco Beltrão. O jornalista Sergio Roxo
filmava a abordagem de dois homens ligados à caravana, quando um dos seguranças
o agrediu com um soco no lado esquerdo do rosto.
De imediato, dois soldados do Exército
que fazem a escolta pessoa de Lula, afastaram incontinenti o agressor que não
foi identificado.
O ataque ao repórter deu-se no aeroporto
de Francisco Beltrão onde o ex-presidente acabara de embarcar rumo a Foz de Iguaçu. Entidades
de classe que representam jornalistas e os principais veículos da imprensa
classificaram a agressão ao repórter como um "atentado à liberdade de
expressão" e pediram a punição do agressor.
Associações de Imprensa
repudiam violência
Entidades da
imprensa classificaram como "atentado à liberdade de expressão" e
pediram a punição do responsável pela agressão contra o Sergio Roxo. de O
Globo.
Ao repudiar o ocorrido, a Associação
Brasileira de Jornalismo Investigativo
(Abraji) lembrou outros casos recentes
de violência contra jornalistas durante a caravana de Lula pelo sul do país. Na
sexta-feira última, a repórter Débora Ely foi agredida verbalmente por
manifestantes anti-PT em Passo Fundo (RS), ao se identificar como jornalista.
No dia seguinte, a fotojornalista
freelancer Isadora Stentzler foi atingida nos olhos por um jato de spray de
pimenta lançado por um PM enquanto cobria protestos contra Lula em Chapecó
(SC). Segundo Isadora, depois de recuperar-se, foi ameaçada por outro policial.
Antes, no que se mostra o papel da jornalista (que é atacada por ambas as
partes) ela fora agredida por manifestantes anti-PT: um deles a empurrou e
outro, atirou ovos. Segundo a Abraji "o uso da violência contra jornalistas
atenta diretamente contra a liberdade de expressão - a mesma que garante a
realização de protestos e de comícios políticos.".
O ' Princípio Lula' já
estaria em vigor?
O juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal
de Brasília, acatou pedido do M.P. do DF
e mandou soltar um homem acusado de roubo com base no julgamento do habeas
corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Supremo, na passada
quinta-feira, 22 de março corrente.
Trata-se do seguinte: Filipe da
Costa Reis estava preso preventivamente - e por tempo indeterminado - desde
quatro de janeiro deste ano. A decisão do magistrado foi tomada nesta
sexta-feira, um dia após o Supremo conceder um salvo-conduto que impede a
prisão de Lula até o julgamento do mérito do habeas corpus preventivo do
petista, marcado para quatro de abril p.f.
O promotor do M.P. do D.F. Valmir
Soares Santos invocou o que chamou de "princípio Lula" ao defender a
concessão de liberdade provisória a Filipe Reis. "O pleno do Supremo
Tribunal Federal não teve tempo para concluir o julgamento do habeas corpus impetrado pelo
ex-presidente Lula, motivando a concessão de medida liminar garantindo a paz,
tranquilidade, direito de ir e vir do paciente (no caso, Lula)", afirmou o
promotor.
Nesse sentido, assim se expressou em
continuação o Promotor: "Passo a designar no campo jurídico, que o
referido resultado chama-se 'princípio
Lula', pois se não cabe ao ex-presidente Lula pagar com risco à sua liberdade o
atraso do julgamento provocado pelo Estado,não cabe ao acusado Filipe aguardar
encarcerado que o Estado (i.e., a polícia técnica) possa concluir a elaboração
dos laudos periciais."
( Fonte: O Estado de S. Paulo
)
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