Em aditamento ao blog de ontem, o possível envenenamento
de Sergei Skripal, de 66 anos, e da filha Yulia Skripal, de 33 anos deverá
abalar as relações diplomáticas entre o Reino Unido e a Rússia. Ontem, o
chanceler britânico Boris Johnson ameaçou com boicote diplomático à Copa do
Mundo da Rússia, caso fique comprovado o envolvimento do Kremlin.
No domingo, Sergei Skripal e a
filha Yulia foram encontrados em estado catatônico em um banco de centro
comercial da pequena cidade de Salisbury. Os dois estão internados em estado
grave. Como já assinalei em blog de ontem, as circunstâncias parecem
semelhantes ao ocorrido com Litvinenko,
envenenado com polônio em 2006.
Skripal trabalhara como espião
para o serviço de inteligência do Exército russo, até ser preso em 2004, acusado
de alta traição (repassou informações sobre a identidade de agentes secretos
russos que agiam na Europa para o serviço de inteligência britânico). Skripal foi condenado a treze anos de prisão,
mas ficou preso até 2010, quando foi incluido em uma mega-troca de espiões
em Viena.
Desde que chega à Inglaterra,
Skripal prefere buscar o anonimato. Fica na pequena cidade medieval no sul do
país, com a mulher Ludmila, a filha Yulia e o filho Alex. Em 2012, Ludmila morre de câncer. E depois, uma série de mortes suspeitas ronda
a família: em 2017, o filho Alex morre em acidente de carro, com a namorada, em
viagem para São Petersburgo. Meses depois, morre o irmão de Skripal, por causas
desconhecidas.
Por fim, a filha Yulia.
Morou com o pai em Salisbury até 2014, quando decide voltar à Rússia. Nesse
novo 'acidente' dessa macabra série a rondar a
família, Yulia estava em visita ao pai na Inglaterra, e foi encontrada
desacordada em banco de praça, em Salisbury, junto com o pai.
Como dizem os italianos, mannaggia!, com tanto azar assim.
(Fonte:
O Estado de S. Paulo)
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