Como se poderia
já verificar pela coluna da Cantanhêde, de que se ocupou este blog, as pressões
se acumulam no Supremo, e a presidente Cármen Lúcia atravessa uma hora difícil.
Como terão lido os leitores deste blog, lhe assinalei a resposta no foro
da Folha, como Momento de Grandeza. Tais instantes são decerto raros, mas
quando acontecem eles marcam a personalidade e a própria presença na
instituição.
Como que saída do público, e por
conseguinte anônima como a voz da multidão, a pergunta trazia no seu bojo viés
quase afirmativo, com aquela segurança da assertiva que pensa ter o controle da
resposta.
Todo o desafio, por mutável que
seja, traz consigo, dentro da própria mutabilidade, aquela incoata ameaça do
enigma que se posta no meio do caminho.
Porque a tais reptos, são poucas
as respostas e uma apenas será valida.
Há pessoas que passam a vida em
branca nuvem. São como países ou personalidades que, ou não enfrentam os reptos
existenciais, ou os deixam passar como se nada fora.
Há outras, no entanto, que se
singularizam, ao preferirem fazer a hora, ao invés de deixá-la acontecer.
Serão momentos ou não, é sempre
difícil determinar. Eles por certo regem o destino, e marcam uma trajetória.
Antes será quase impossível
predizer-lhes o resultado. Mas neste hiato aparente, se concentra a história
futura. Virada a página, tudo tende a ficar muito claro.
Há situações e desafios que
fogem do cotidiano. Entre enfrentá-las ou não, eis a grande decisão
existencial.
( Fontes: Arnold Toynbee, Guimarães Rosa, Geraldo Vandré )
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