Muito de o que ocorreu no
passado carnaval fica mais claro quando se tem presente que as forças policiais
- a militar e a civil - acumulam déficit de 29 mil funcionários.
Diante dos problemas
orçamentários e da dificuldade de manter atualizados armamento e viaturas, a
situação se complica. Aliás, muitos outros estados enfrentam dificuldades
similares, que têm a ver ou com fundos insuficientes, ou com a sua má
distribuição.
A polícia civil, por um
lado, sem reposição, atua com um terço
do efetivo previsto na sua Lei Orgânica, além de ter os seus seis blindados fora de
circulação (muito provavelmente, pela incapacidade de mantê-los em condições de
uso). Além disso, de um lado, faltam quase mil viaturas, e de outro,
helicópteros.
Para contornar parcialmente tal situação, delegacia
especializada pede que a Justiça autorize o uso de armas apreendidas com
criminosos.
Se é notória a lentidão da Justiça, grita aos céus
que estamos em situação emergencial, e deveria haver instrumentos legais que
possibilitem, diante de situação de manifesto interesse público, que, essa
guerra interna ora travada com a bandidagem, possa ser enfrentada com menos
burocracia, e com maior rapidez da Justiça.
Note-se
que tal estado de coisas, leva o general Braga Netto, interventor na área de
Segurança Pública do Rio de Janeiro, a anunciar que uma de suas prioridades
está em capacitar as forças policiais para que elas possam realizar o próprio
trabalho. Dado o sucateamento das corporações, não será, por certo, tarefa fácil.
(
Fonte: O
Globo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário