quarta-feira, 14 de março de 2018

A Crise Anglo-Russa


                              

            Theresa May surpreende ao expulsar 23 diplomatas russos, no contexto de ataque insolente e criminoso contra um refugiado russo e sua filha, que residem em Salisbury, uma cidadezinha no interior da Inglaterra. Por conta desse novichok, que é produto biológico que age sobre o sistema nervoso e muscular, tanto pulmonar, quanto cardíaco, o refugiado russo e sua filha continuam em situação muito séria, em termos de saúde. A própria periculosidade do produto se refletiu também sobre o infeliz guarda inglês que ministrara os primeiros socorros aos dois russos, e por isso ora se encontra em situação de saúde bastante inquietante.
              Como Putin logrou colocar na Casa Branca o que se poderia considerar como se fosse um protegido seu, enquanto ele lá permanecer, falta aos Estados Unidos, pelo inesperado resultado das eleições presidenciais do ano passado, alguém que vocalize ou  empreste atitudes porventura mais enérgicas no que tange aos eventuais  problemas da Superpotência com o Kremlin. Esse 'acidente' histórico,  que as manobras russas durante o processo eleitoral  e também a atitude para lá de dúbia de Mr James Comey, que pela inação da Secretaria de Justiça pôde praticar absurdos como o aviso sobre o computador de Anthony Weiner,  marido afastado da secretária de Hillary Clinton, Huma Abedin, dirigido ao Congresso e redigido de maneira a que surgissem as mais negras suspeitas sobre o que ele continha (passada a eleição, verificou-se que o conteúdo era zero em termos de informes negativos no que tange à Hillary).
                 Parece, por isso, importante que existam ainda no Ocidente dirigentes políticos que não estejam constrangidos pelo poder de gospodin Vladimir Putin, como se verifica no caso da velha Grá-Bretanha, e da enérgica intervenção da Primeira Ministra inglesa, que lembrará a Putin que o Reino Unido não é exatamente um quintal para que o Kremlin lá despeje os seus letais agentes químicos, como fez no caso de Litvinenko, em 2006, e agora com o russo Skripal e sua filha.
               
 ( Fontes: The Independent; What Happened, de Hillary Clinton)              

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