segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O estouro da Dívida

                                

       A divida pública ultrapassou o equivalente a 80% da renda nacional (de acordo com o cálculo do FMI).  Mesmo se pautarmos o crescimento da dívida por parâmetros do governo brasileiro, a dívida está em  73% do Produto Interno Bruto.
       De qualquer forma, trata-se de um patamar demasiado alto, e que destoa entre as grandes economias emergentes. Apenas o Brasil apresenta trajetória explosiva de endividamento do Governo, e esse processo não será interrompido antes de 2022.
        Para deter a escalada do endividamento,  será indispensável destinar ao pagamento de juros parcela expressiva da receita da   União. Verifica-se, assim, que a dívida corroi as possibilidades de emprego da receita da União.
        Como se assinala hoje, a despesas com os juros atualmente beiram os 7% do Produto Interno Bruto.  Para que se tenha idéia, o dispêndio com a dívida é mais de o que se aplica em educação no Brasil.
         A inchação da dívida - que é consequência da fraqueza  dos órgãos diretivos, de um lado, e da irresponsabilidade do Congresso, de outro - tende a apequenar a aplicação dos fundos da arrecadação,  que se tornam insuficientes para atender às despesas correntes, como  pessoal, custeio administrativo e programas sociais, para não falar de redução brutal de meios para atender obras públicas.
         Viver atado por uma dívida desse porte é enveredar pela mediocridade de objetivos (tudo é difícil na dívida, eis que se está sob o império da escassez). A dívida sufoca um país e o condena a ser escravo de suas despesas, que se tornam cada vez menos  úteis. Não é metáfora dizer  que o endividamento, quanto maior, mais há de sufocar o próprio povo.


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