segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Levante contra a Tirania de Maduro

                 

       Inepto e corrupto são dois epítetos que desvelam, para quem tem algum conhecimento da prevalente situação na pobre Venezuela, a quem tais adjetivos se dirigem e fulminam.
       Maduro pensa haver comprado com os fundos de suas apropriações indébitas o comando das Forças Armadas venezuelanas. Os tiranos, a fortiori em plagas da América Latina, sempre pensaram poder predominar nas próprias paragens com o pesado e pútrido ouro, que coletam para comprar quem acaso os ajude na imunda, vergonhosa repressão daqueles que se levantem em defesa da própria pátria.
        Esta é a primeira rebelião militar contra o Tirano. Pode ser ele de fancaria, ridículo no aspecto e podre nos propósitos. Cria falsas constituintes, em campos dos miseráveis a soldo congregados.
        Espevitada e irrepressa é a chama da liberdade. Maduro, com seus uniformes, pensa poder tudo comprar. Com préstimos do vil metal, acredita ter as Forças Armadas como seus cães de guarda. Por ora, corre fácil o dinheiro de suas burras. Como todo ditador, crê poder subordinar consciências e para tanto pensa valer-se dos públicos fundos de mal parado Erário.
         Rasgado o véu do conformismo situacionista,  mostram ora alas do exército que têm alma e caráter. Por isso, há de infundir mais inquietude à corrupta aliança do ditador com as árvores de natal dos alvos uniformes, hiper-carregados de condecorações, que, em verdade, representam a torpe, pútrida vanguarda do atraso.
          Sacode a alma ver imagens da impávida luta da boa e brava gente que porta na fisionomia a disposição de batalhar por Venezuela que não seja esse espelho de corrupção e covardia, marcada pela aliança do torpe ditador Maduro cercado por seus cães de guarda, cujos alvos, super-condecorados uniformes apenas refletem o remanso das podres águas da velha América Latina.
          Por ora, temos a pouco confiável mensagem do ditador, que busca desmerecer da insurreição.  Segundo ele, o ataque foi arquitetado "em Miami e na Colômbia". Intentando enegrecer-lhes ainda mais a imagem, acrescentou : "os rebeldes receberam dinheiro. E esta fatura foi paga em Miami e na Colômbia." E aditou, com o ramo de oliva dos tiranos: "peço a pena máxima para todos os envolvidos, neste ataque terrorista ao Forte Paramacay."
          Por sua vez,  inquieto, com a serenidade de quem tem a cabeça a prêmio,  a "Comissão da Verdade" deverá "acabar com a impunidade", de quem, sempre segundo o Governo, promove o "terrorismo" no país. Nesse sentido, Maduro já ameaça com pena de prisão alguns líderes opositores  por terem convocado  manifestações contra ele e a Constituinte.
            Como muitos hão de recordar, o processo revolucionário contra o governo legal na Venezuela, fora iniciado em 1994, pelo ten.coronel Hugo Chávez contra o Presidente Carlos Andrés Pérez.  A intentona fracassou e Chávez passou dois anos na cadeia.
            Este novo levante, irrompe às cinco da manhã, com a divulgação de vídeo gravado na 41ª Brigada Blindada de Valencia, no  qual  Juan Caguaripano, capitão da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) declara "rebelião" contra o governo de Maduro.          
            "Nós nos declaramos em rebelião legítima, denunciamos a tirania assassina de Nicolás Maduro. Esclarecemos que isto não é um golpe, esta é uma ação cívica e militar para restaurar a ordem constitucional."
             Não tardou muito para que o forte Paramacay fosse cercado por tanques e investido por helicópteros. Em seguida, homens armados adentraram a base, havendo tiroteio. "Os invasores foram repelidos imediatamente", se apressa em comunicar o general Remígio Ceballos.
          Segundo as agências, logo nas primeiras horas da manhã, após a notícia da revolta no Forte Paramacay, a população de Valencia saíra às ruas para tentar ajudar os rebeldes,  mas a Guarda reprimiu os protestos. De acordo com a imprensa, Ramon Rivas, líder local do partido Avanzada Progresista, morreu no confronto.
          Assinale-se, por fim, que o capitão Caguaripano é procurado desde 2014 por rebelião militar e "traição à pátria". Havido como foragido nos Estados Unidos, Caguaripano aparece no vídeo ombreando com quinze homens, envergando uniformes do exército, muitos com armas.  O outro militar do grupo seria um tenente, tido como "desertor" pelo noticiário governista.    


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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