A Procuradora Geral da
República Raquel Dodge reteve casos da Operação Lava Jato por um ano ou até mais. A desaceleração nos ritmos de trabalho da
investigação levou o Ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF, a questionar
no mês passado a chefe do MPF sobre o andamento das apurações. Raquel deixa
hoje o cargo e apresentará prestação de contas sobre os dois anos de sua conturbada
gestão.
Fachin listou catorze casos que
estavam, na época, aguardando um posicionamento da Procuradoria de dezembro
de 2017 até hoje. Um dos casos mais importantes é um inquérito que investiga o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE).
A apuração foi aberta a partir do
acordo colaboração premiada celebrado pelo
MPF com Nelson José de Mello, ex-diretor institucional do grupo empresarial Hypermarcas, que relatou valores repassados ao emedebista. Encaminhado à
PGR em março de 2018, o inquérito até hoje não retornou ao Supremo para ser
analisado por Fachin.
Em dezembro do ano passado,
os advogados Aristides Junqueira e Luciana\Moura, defensores de Eunício, reclamaram
do ritmo das investigações e pediram o
arquivamento do processo. A insistência em prolongar as investigações viola as
regras de duração razoável do processo com exposição e desgaste indevidos do
requerente (Eunício). criticou a defesa do emedebista.
Um inquérito que
investigava o senador Renan Calheiros
(MDB-AL) também ficou quase um ano parado na PGR, até retornar no início deste mês ao Supremo - depois que Fachin
enviara o ofício à PGR. O caso acabou arquivado pelo relator da Lava Jato.
(
Fonte: O Estado de S.
Paulo )
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