quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Marielle: A lenta busca pela Verdade


                        
  "Quem mandou matar Marielle ?" É a pergunta que está nas redes sociais e se acerca, ainda que lentamente, dos dois anos.
     Quando a investigação mal avançara, mas já se acercava de um ano de silêncio em termos de esclarecimento, terá chegado a primeira resposta, quanto ao executor da bárbara encomenda.
       A Polícia Civil prendeu o sargento reformado da PM Ronnie Lessa, que cuidou das rajadas que abateram a vereadora do PSOL  e o motorista Anderson Gomes. Marielle sempre defendera os pobres e oprimidos dos subúrbios e dos morros do Rio de Janeiro.
          Com a quinta maior votação para a Câmara Municipal, ela era uma figura que se destacava da geral mediocridade, e no apoio aos favelados contra abusos policiais, mas sua agenda politica se centrava em causas feministas e na defesa dos direitos da comunidade LGBT. Quando a investigação mal completara um ano, a Polícia Civil prende o sargento reformado da PM, acusado de ter feito os disparos contra a vereadora (Marielle morre com três tiros na cabeça e um no pescoço), e o motorista do carro clonado, o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz.  Assinale-se que o sargento reformado tinha ficha limpa...
           Siciliano, desde que seu nome foi citado nas investigações, sempre negou ter-se envolvido  em desavenças  com Marielle, dizendo que mantinha boa relação com  a vereadora. Por sua vez, quando os vereadores foram ouvidos na  D.H., Brazão também prestou depoimento.  Depois da eleição, como vereador em 1996, seguiram-se várias eleições como deputado estadual até 2010, quando teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (denúncias de compra de votos). Mas eis que o Ministro Ricardo Lewandowski, então no TSE, lhe outorga uma liminar, e Brazão se mantém no cargo! Em março de 2017, ele sofre, enquanto conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o afastamento pela Polícia Federal. Em junho, a Corte Especial do STJ, decide receber a denúncia contra Brazão e outros quatro conselheiros...
              E em fevereiro do corrente ano, Brazão é alvo de mandado de busca e apreen-são da P.F., que já investiga possível envolvimento dele na tentativa de obstrução no inquérito da Delegacia de Homicídios (DH) sobre a morte de Marielle e Anderson.


( Fonte:  O Globo )     

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