Na aparência, deve ser
uma pergunta muito difícil. Por que a polícia não só não consegue levantar um dossier que incrimine formalmente a
alguém, mas tampouco dá a impressão de que esteja ultimando este árduo, anoso
inquérito ?
Passados os anos, cresce a impressão
de que algo esteja muito errado nesse
interminável levantamento policial que entra mês, sai mês, e nada acontece de determinante, como a incriminação formal dos respectivos culpados, a que se seguem as providências de seu julgamento e eventual condenação.
Vejam o que sucedeu com a
competente e respeitada Procuradora-Geral da República, que para melhor saber
como está o longa travessia jurídica dos autores do processo desse megacídio
encomendado da vereadora Marielle Franco, ocorrido na noite de catorze de março
de 2018, e de seu motorista Anderson
Gomes, numa rua do Estácio (centro do Rio) que chegou a requisitar os autos do
inquérito do processo sobre esse duplo assassinato, e os órgãos policiais
competentes tiveram a petulância de negar à maior autoridade do Ministério
Público Federal vista dos autos!
Sa. Exca, Raquel Dodge, que é
Chefe do Ministério Público, não é de levar esse gênero de resposta para casa, e
nesse momento não duvido que esteja passando em revista os autos do processo.
Espero que esta Senhora, que
tão bem se houve dos próprios encargos, continue neste posto, mas se tal não
for de todo possível, seria de muito interesse que ela pudesse providenciar o empurrão
que tal processo interminável exige, eis que é além da vergonha dessa inusitada
demora, marca triste para o Estado do Rio de Janeiro e para a Assembleia
municipal que vereadora com o carisma e a capacidade de Marielle venha a sofrer
tal opróbrio, ser assassinada por torpes motivos políticos, e que os seus
assassinos não sejam sequer constituídos para que respondam, perante a
população carioca. - pela qual e por sua coragem Marielle fora imolada - pelos crimes que cometeram, a que se
acrescente a audácia e a afronta aos poderes do Estado e da República.
(
Fonte: O Globo )
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