O partido britânico Liberal Democrata decidiu adotar
formalmente política para interromper a saída do Reino Unido da União Europeia,
caso venha a vencer a eleição geral.
Ora, dir-se-á, para um partido que
detém atualmente dezoito cadeiras no Parlamento - em um total de 650 - tal
objetivo não se afigura como possível. Mas o Lib Dems (como é chamado) acredita
que o Reino Unido viva um momento revolucionário, dada a manifesta confusão
instaurada pelo Brexit, e que, por
conseguinte, a velha Inglaterra seria suscetível de sofrer tais radicais
transformações.
Apesar de ser hoje um pequeno
partido, ele ganhou visibilidade porque cinco
dos vinte e um deputados expulsos pelo Premier
Boris
Johnson do partido conservador se filiaram aos Lib Dems. Por outro
lado, os liberais democratas dizem que são o único partido que defende a
interrupção do Brexit, esperando
conseguir votos entre os dezesseis milhões que votaram pela permanência da
Inglaterra na U.E., em 2016.
"Vamos pôr um fim ao
pesadelo do Brexit, que está
afundando o país e nos dividindo, e começaremos a lidar com as questões pelas
quais as pessoas decidiram votar pela saída do bloco", declarou o
porta-voz do partido para as questões do Brexit, Tom Brake.
Nesse ambiente turbulento, Boris Johnson não tem outra saída senão
aquela do otimismo, com a frase "Sairemos em 31 de outubro, acreditem em
mim".
A fronteira entre a província britânica da Irlanda do Norte
(protestante) e a República da Irlanda (católica) é o principal entrave nos diálogos sobre o Brexit. Pensada para evitar a reinstau-ração de fronteira física
entre os dois territórios, a chamada "salvaguarda irlandesa"
levanta polêmica porque pode mexer com
os acordos de paz que puseram fim à guerra civil entre as Irlandas.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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