quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Caem os homicídios ?


           
      
         Já a letalidade da Polícia, com o Rio na frente, respondeu por uma em cada dez mortes no País. Em 17  Estados, a polícia matou mais no período. O destaque negativo, pertence, no entanto, à polícia do Rio de Janeiro.  No Rio, destaque negativo, a quantidade de registros pela polícia chegou a 1.534, o equivalente a quatro óbitos por dia. E foi nesse Estado do Rio de Janeiro que a maior taxa por cem mil habitantes foi registrada (8,9)
            Aos dezoito anos, Marcos Luciano se transformou, em janeiro de 2018, em uma das 1534 vítimas do Rio, durante uma operação na Favela do Muquiço (zona norte). "Ele estava com envolvimento (com traficantes), infelizmente. Mas estava querendo sair. Meu filho entrou como auto de resistência, com dois tiros nas costas", diz a vende- dora ambulante Bruna Cristina Mozer, de 38 anos. Procurada, a polícia alegou que o caso continua sob investigação.
               Dados de 2019 indicam que a tendência de alta permanece no Estado do Rio, com récorde histórico no primeiro semestre.. "As polícias têm estado no centro do deba-te público e vem sendo usadas por politicos populistas para fazer valer a ideia de que o enfrentamento ao criminoso e o uso da violência são a sua missão primordial". consoante apontam  os pesquisadores do Forum.
                 Nesse contexto, parece oportuno indicar um registro da letalidade policial, com a participação do próprio governador Wilson José Witzel.  Um ônibus na ponte Rio - Niteroi estava retendo o tráfico, por conta de um assalto, em que um marginal ameaçava com arma os passageiros. Dada a situação, foi empregado um atirador de elite que matou com certeiro tiro de fuzil o criminoso. Nesse contexto, o governador chegou de helicóptero, e com postura efusiva comemorou o êxito da PM.
                    As menores taxas nacionais pertencem ao Distrito Federal (0,1). Também São Paulo está enre os estados que conseguiram reduzir a letalidade, passando de 940 casos (récord estadual em 2017), para  851; Proporcionalmente, a taxa paulista é de 1,9 por cem mil habitantes, o que a coloca no meio do ranking nacional como a 15ª mais alta.
                       Quanto ao perfil dos mortos é masculino (99,3), negro  (75,4 p/c) e jovem (78,5 p/c tem até 29 anos).  Por isso, semelha "impossível negar o viés racial  da violência  no Brasil", - segundo assinalaram Samira Bueno Nunes, David Marques, Dennis Pacheco e Talita Nascimento.

Mortes de Policiais.: os supostos confrontos  também deixaram 343 policiais mortos, contra os 373, de 2017. Também foi no Rio que, com maior frequência, os agentes morreram: 89 relatos.
                       É de assinalar-se que em 2017 notadamente a Polícia Militar foi bastante visada pela mala vita.  Daí a série de PMs mortos, muitos dos quais visados quando de folga e com trajes civis foram abatidos. Essa estranha "campanha", ao que parece não teria sid mais praticada nos seus macabros objetivos durante o corrente ano de 2018.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )   

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