Já a
letalidade da Polícia, com o Rio na frente, respondeu por uma em cada dez
mortes no País. Em 17 Estados, a polícia
matou mais no período. O destaque negativo, pertence, no entanto, à polícia do
Rio de Janeiro. No Rio, destaque
negativo, a quantidade de registros pela polícia chegou a 1.534, o equivalente
a quatro óbitos por dia. E foi nesse Estado do Rio de Janeiro que a maior taxa
por cem mil habitantes foi registrada (8,9)
Aos dezoito anos, Marcos Luciano se transformou, em janeiro de 2018, em
uma das 1534 vítimas do Rio, durante uma operação na Favela do Muquiço (zona
norte). "Ele estava com envolvimento (com
traficantes), infelizmente. Mas estava querendo sair. Meu filho entrou como
auto de resistência, com dois tiros nas costas", diz a vende- dora
ambulante Bruna Cristina Mozer, de 38 anos. Procurada, a polícia alegou que o
caso continua sob investigação.
Dados de 2019 indicam que a tendência de alta permanece no Estado do
Rio, com récorde histórico no primeiro semestre.. "As polícias têm estado
no centro do deba-te público e vem sendo usadas por politicos populistas para
fazer valer a ideia de que o enfrentamento ao criminoso e o uso da violência
são a sua missão primordial". consoante apontam os pesquisadores do Forum.
Nesse contexto, parece oportuno indicar um registro da letalidade
policial, com a participação do próprio governador Wilson José Witzel. Um ônibus na ponte Rio - Niteroi estava
retendo o tráfico, por conta de um assalto, em que um marginal ameaçava com
arma os passageiros. Dada a situação, foi empregado um atirador de elite que
matou com certeiro tiro de fuzil o criminoso. Nesse contexto, o governador
chegou de helicóptero, e com postura efusiva comemorou o êxito da PM.
As menores taxas nacionais pertencem ao Distrito Federal (0,1). Também
São Paulo está enre os estados que conseguiram reduzir a letalidade, passando
de 940 casos (récord estadual em 2017), para
851; Proporcionalmente, a taxa paulista é de 1,9 por cem mil habitantes,
o que a coloca no meio do ranking nacional como a 15ª mais alta.
Quanto ao perfil dos mortos
é masculino (99,3), negro (75,4 p/c) e
jovem (78,5 p/c tem até 29 anos). Por
isso, semelha "impossível negar o viés racial da violência
no Brasil", - segundo assinalaram Samira Bueno Nunes, David
Marques, Dennis Pacheco e Talita Nascimento.
Mortes de Policiais.: os supostos confrontos também deixaram 343 policiais mortos, contra
os 373, de 2017. Também foi no Rio que, com maior frequência, os agentes
morreram: 89 relatos.
É de assinalar-se que em
2017 notadamente a Polícia Militar foi bastante visada pela mala vita. Daí a série de PMs mortos, muitos dos quais
visados quando de folga e com trajes civis foram abatidos. Essa estranha
"campanha", ao que parece não teria sid mais praticada nos seus
macabros objetivos durante o corrente ano de 2018.
( Fonte: O Estado de S.
Paulo )
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