Os países signatários
do TIAR aprovaram ontem documento que permite identificação e sanção de membros
do governo Maduro, na Venezuela, por vinculação a atividades ilícitas, corrupção
ou violações aos direitos humanos. Firmada por 16 dos 19 países signatários do
TIAR. Antes, chanceleres de onze países assinaram documento que encaminhava a
possibilidade da aplicação de sanções.
O texto foi assinado na
sede das Nações Unidas, na véspera da Assembleia Geral, por representantes dos
governos da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala,
Honduras, Panamá, Paraguai. Peru e, indiretamente, pela própria Venezuela, por
meio dos representantes do presidente autoproclamado e líder da oposição, Juan Guaidó.
No comunicado em tela,
os países manifestaram que estavam dispostos "a adotar novas sanções e
outras medidas econômicas e políticas contra o regime de Maduro, orientadas a
favorecer o restabelecimento, sem o uso da força, do Estado de direito e da
ordem constitucional e democrática na Venezuela"
Pressão.
O documento faz referência ao encontro realizado no
dia onze, quando os chanceleres de 12 dos 19 países signatários do Tiar votaram
no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) a favor da
ativação do Órgão de Consultas do grupo, para que uma decisão fosse tomada em
relação à Venezuela. Na ocasião, havia a suspeita de que o Tiar fosse
usado para justificar uma intervenção
militar na Venezuela, já que o tratado prevê a ação em países que
"coloquem em risco a estabilidade continental".
Com a decisão de ontem, países latino-americanos
que não tenham mecanismos para implementar sanções ou banir viagens de
servidores venezuelanos poderão aplicar tais medidas para pressionar o governo
de Maduro, assim como os Estados Unidos já tem feito há meses.
O documento condena o
que descreve como "reiterados e sucessivos bloqueios do regime ditatorial
de Nicolás Maduro", além de defender novas eleições gerais "livres,
justas e transparentes".
(
Fontes: O Estado de S. Paulo, AP.AFP e EFE," )
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