Havido de início como
destinado a ser um presidente do Conselho apagado e discreto, porque não
oriundo de um partido forte na coalizão que vinha a ser formada, o professor
Giuseppe Conte, da Faculdade de Direito da Universidade de Florença, ele, no
entanto, concordou em ser o Presidente do Conselho, em gabinete de que
participavam dois políticos italianos, com carisma e liderança das respec-tivas
agremiações políticas - Luigi di Maio, do Movimento 5 Estrelas, e Matteo
Salvini, líder da Liga.
De início, Conte era presumido
tornar-se um líder discreto de um gabinete em se digladiavam dois chefes
políticos de partidos importantes em Montecittorio, i.e. di Maio, líder do
esquerdista M5S, e Salvini, chefe da Liga, de direita.
Com os frequentes embates entre os dois
líderes, logo se verificou que para a sobrevivência da aliança entre a esquerda
do M5S e a direita da Liga, se tornava indispensável uma chefia hábil e com personalidade,
dispondo da energia necessária para manter os dois caciques Maio e Salvini em
posições na qual a presença do
Presidente do Conselho - pelos óbices criados por dois líderes de personalidade
e ambições fortes, não tardou em afirmar-se como indispensável.
A nova coalizão, de uma certa forma,
repete para Conte um exercicio em que vai ganhando uma crescente habilidade.Assim,
ele passou de árbitro por vezes suspeito de subserviência entre os rompantes de Luigi di Maio e de
Matteo Salvini, para tornar-se agora,
após a ruptura de seu primeiro gabinete, forçada pela ambição sem peias de
Salvini, e já tarimbado pelo seu poderoso discurso no Senado, em que verberou a
ambição desmedida de Salvini, e que pelas qualidades da intervenção, inclusive
com as iteradas menções a Ministro do
Interior, com as censuras pelo "oportunismo político" do
"ministro do Interior", em que sublinhou implicitamente a posição do
impetuoso Salvini a ele subordinado como Presidente do Conselho. Não foi por
acaso que o seu discurso se tornou viral na internet.
O governo Conte-bis pode
afrouxar algumas das políticas anti-imigração mais restritivas de Salvini,
enquanto se empenha em consertar um relacionamento com a União Europeia,
desgastado durante um ano de reação
populista em Roma, Por outro lado, ele terá pela frente, no gabinete Conte-bis
a missão de mediar as relações entre a Esquerda, enquanto pensa trabalhar para consertar
o relaciona - mento com a União Europeia, desgastado pelo ano de reação
populista do gabinete liderado por Salvini.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo ) -
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