O premier de Israel, Binyamin
Netanyahu, do Likud, enfrenta nova prova de força no dia 17, quando os
israelenses voltam às urnas, pela
segunda vez neste ano. Como de hábito a sua "arma" é um instrumento
para reduzir o voto árabe. Esta semana será vota-do mais um truque cujo escopo
é diminuir o voto árabe-palestino, empregando a intimidação. Já na eleição
anterior, por portarem câmeras, lograram intimidar árabes e palestinos. O
ódio e o medo estão bem presentes, e ser filmado a votar na encenação
israelense não parece seja muito
lisonjeiro para aqueles que se abstém do voto.
Tendo presente que o objetivo é outro,
que nada tem a ver com o escopo de "prevenir fraudes", que é a rationale hipócrita para conseguir o fim
que não pode ser admitido, pois ele representa a antítese da democracia:
intimidar o eleitor contrário.
Seu principal rival, o general Benny
Gantz, do Partido Azul e Branco, declara: "Netanyahu está preparando o
terreno para questionar a legitimidade do processo eleitoral", afirmou
Gantz, que ficou bem perto de Bibi, mas em segundo lugar. Se eleito, Netanyahu
- que já ultrapassou em julho o patriarca Ben Gurion - se tornará aquele que
governou Israel por mais tempo. Mas ele tem um senhor desafio pela frente, pois
está prestes a ser indiciado em três
casos de corrupção, pelo Procurador da Justiça.
Ao contrário das outras
dificuldades da campanha, a sua
corrupção pode vir a representar o seu calcanhar de Aquiles, e a levar
de roldão todos os seus troféus e truques políticos. Pois diante da Justiça, por mais advogados
que carregue consigo, as suas mágicas desaparecem.
( Fonte: O Estado de S.
Paulo )
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