segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Os truques de Netanyahu para ficar no poder


                        
       O premier de Israel, Binyamin Netanyahu, do Likud, enfrenta nova prova de força no dia 17, quando os israelenses  voltam às urnas, pela segunda vez neste ano. Como de hábito a sua "arma" é um instrumento para reduzir o voto árabe. Esta semana será vota-do mais um truque cujo escopo é diminuir o voto árabe-palestino, empregando a intimidação. Já na eleição anterior, por portarem câmeras, lograram intimidar árabes e palestinos. O ódio e o medo estão bem presentes, e ser filmado a votar na encenação israelense não parece  seja muito lisonjeiro para aqueles que se abstém do voto.
        Tendo presente que o objetivo é outro, que nada tem a ver com o escopo de "prevenir fraudes", que é a rationale hipócrita para conseguir o fim que não pode ser admitido, pois ele representa a antítese da democracia: intimidar o eleitor contrário.
         Seu principal rival, o general Benny Gantz, do Partido Azul e Branco, declara: "Netanyahu está preparando o terreno para questionar a legitimidade do processo eleitoral", afirmou Gantz, que ficou bem perto de Bibi, mas em segundo lugar. Se eleito, Netanyahu - que já ultrapassou em julho o patriarca Ben Gurion - se tornará aquele que governou Israel por mais tempo. Mas ele tem um senhor desafio pela frente, pois está prestes a ser indiciado  em três casos de corrupção, pelo Procurador da Justiça.
            Ao contrário das outras dificuldades da campanha, a sua  corrupção pode vir a representar o seu calcanhar de Aquiles, e a levar de roldão todos os seus troféus e truques políticos.  Pois diante da Justiça, por mais advogados que carregue consigo, as suas mágicas desaparecem.


( Fonte: O Estado de S. Paulo  )                   

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