sábado, 14 de setembro de 2019

Maduro não irá à Assembleia Geral


                        
        Maduro anunciou ontem que desistiu de ir à Assembleia Geral das Nações Unidas. Em meio à crise do chavismo e receando ser vitima de tentativa de golpe de "aliados", o presidente declarou: "Este ano não vou. Ficarei aqui trabalhando com vocês, mais seguro e mais tranquilo."
             Em seu lugar, seguirão a vice-presidente, Delcy Rodriguez e o ministro das relações exteriores, Jorge Arreaza. Os dois prometeram levar ao Secretário-Geral das Nações, o português Antonio Guterrez, um abaixo assinado com doze milhões de assinaturas contra as sanções impostas pelos Estados Unidos à Venezuela.
               O Departamento de Estado acusou o governo chavista de vincular as assinaturas da população à entrega de cestas básicas, em meio a uma grave crise de escassez de alimentos e remédios - o que Maduro nega.
                Em março, o lider da oposição, Juan Guaidó, liderou tentativa de deposição  de Maduro, que teria contado  com o apoio de alguns setores do Exército. Desde então, o lider chavista redobrou a preocupação com dissidências internas, principalmente nas Forças Armadas.
                  Consta, outrossim, que Washington mantenha canais informais com dois dos principais  personagens do chavismo, o Ministro da Defesa, Vladimir Padrino e o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, que é acusado de corrupção e narcotráfico.
                    Como se sabe, nesta quarta-feira, a OEA aprovou a convocação de reunião que pode reativar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR). Esse pacto, que é da época da Guerra Fria, prevê mecanismo de defesa mútua e é considerado uma forma de justificar, em último caso, uma intervenção militar na Venezuela.
                     Guaidó defendeu o Tiar como forma de pressionar Maduro. Não obstante, o Itamaraty  rejeita  a possibilidade de usar a força para derrubar o regime O chanceler da Venezuela,  Arreaza, disse ontem que o governo chavista está pronto para se defender de qualquer ameaça do Tiar."Estamos preparados para nos proteger. Nós não vamos permitir que ninguém pise no sagrado solo venezuelano. Responderíamos. Mas tomara que nunca aconteça", disse o Ministro do Exterior, Jorge Arreaza.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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