Na entrevista que
concedeu à Folha, Nicolás Maduro
vestiu uma pele de cordeiro, pensando talvez que, dessarte, poderia lograr a
sua longínqua audiência, como se professar democracia faria o público
esquecer da supressão das liberdades
demo- cráticas, das prisões cruéis de seus principais exponentes, da
perseguição à oposição, a sua vergonhosa utilização da dita Corte Suprema de
Justiça para esmagar a oposição, a par do descalabro da economia, e da
híper-inflação a que a aliança da corrupção chavista com o próprio desmanche da
indústria e do comércio forma a base de
um regime podre, que só se sustenta pela fraude generalizada, à medida que o
país sangra pela geral emigração, que é tão espontânea nesse tétrico ambiente de falta de
quaisquer condições para que o trabalho honesto possa ali progredir, escorraçado
que é pelo cinismo e a truculência da latrocracia, assim como um regime que se
pauta pelo deslavado cinismo e a falta
de outra direção, que a roubocracia, sob o exemplo do ditador Maduro.
As enxovias serão sempre o
símbolo de tais regimes que, enquanto cinicamente homenageiam o Libertador de
metade da América do Sul, pondo-lhe o nome nos serviços mais pútridos como se
chamá-los de bolivarianos não constituísse uma suma hipocrisia com o
despudorado quase-arremedo das tiranias coloniais a que o Libertador, com
coragem e pertinácia, tanto contribuíra para derrubar e, por conseguinte, abrir
para boa parte do povo sul-americano novos espaços de liberdade e de esperança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário