Dados do programa Queimadas do INPE mostram o que já se temia: em agosto
beiraram o triplo do registrado no mesmo
período de 2018; Até anteontem, foram
30.901 focos.contra 10.421, em agosto de 2018, numa incrível alta de 196%.
Os focos de queimadas estão
espalhados por todo o chamado arco do desmata-mento, que vai do Acre,passando
por Rondônia, sul do Amazonas, norte do Mato Grosso, e sudeste do Pará.
A principal hipótese de
especialistas é de que queimadas estão ocorrendo para limpar o que foi derrubado antes. Um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental
da Amazônia (IPAM) mostra que a estiagem em 2019 na região é prolongada, mas só
isso não explicaria o aumento. O
levantamento aponta que os dez municípios amazônicos que mais registraram focos
de incêndio foram também os que tiveram
maiores taxas de desmatamento.
Outro levantamento do INPE já mostrava
que entre 1º de janeiro e 24 de agosto deste ano, o Brasil tinha o maior número
de focos de incêndio em sete anos para este período.
Na última sexta, Bolsonaro
alterou o decreto que proibia queimadas em todo o País durante o período de
seca e abriu exceção para as práticas
agrícolas fora da Amazônia legal.
Durante uma transmissão pela
internet, na última 5ª, Bolsonaro chegou a chamar de "esmola" a ajuda
oferecida pelos países do G-7 para combater a crise ambiental na Amazônia legal. (...) O Brasil vale muito
mais que US$ 20 milhões, disse. Para o presidente, de resto, não há anormalidade nas queimadas da
Amazônia.
Por fim, no dia vinte e um
de agosto, a coordenação do Observatório do Clima, grupo que reúne cerca de 50
ONGs em prol de ações contra as mudanças climáticas, afirmou que o recorde de focos de incêndio observados neste ano é apenas "o
sintoma mais visível da
antipolítica ambiental do governo de Jair
Bolsonaro".
( Fonte: O Estado de S.
Paulo )
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