quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Cresce a Dívida Pública Federal


                               

       Continua a trajetória crescente da Dívida Pública Federal (DPF), que inclui a dívida interna e a externa. Ela atingiu no final de 2018 R$ 3,877 trilhões, com 8,9% mais, em termos nominais do que em dezembro de 2017 (quando era de R$ 3,559 trilhões). Já em dezembro de 2018 ela representa 56,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

          Incluindo o endividamento de Estados e municípios, a divida bruta alcançou  77,3% do PIB e, com base na previsão de que a economia nacional tenha crescimento de 2,5% em 2019, com inflação média de 3,9%, a projeção é de que deverá atingir 78,2% do PIB em dezembro de 2019, chegando ao pico de 80,6% do PIB em 2022, se medidas corretivas não forem tomadas.

            O Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida,observa que, pela metodologia adotada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que contabiliza os títulos em carteira do Banco Central (BC), a dívida bruta ultrapassa 80% do PIB.  Daí a necessidade urgente de aprovar reformas estruturais, entre elas a da Previdência Social, para controlar o endividamento.
             Outros dados reforçam a necessidade de criar meios para tornar mais sustentável a gestão da DPF. O endividamento é muito concentrado.A parcela a vencer em doze meses tem evoluído, mas caíu muito pouco de novembro (16,37% do total) para dezembro  (16,32%). Quanto ao prazo médio da DPF, foi de 4,19 anos em novembro e de 4,11 anos em dezembro. Ao fim de dezembro de 2017, esse indicador estava em 4,26 anos.
               Estados e municípios em situação financeira crítica vem pleiteando socorro da União. Como evoluirão as negociações em curso é uma questão em aberto, mas a suspensão de pagamentos ao Tesouro já configura um impacto de R$ 166,7 bilhões sobre a  DPF  entre 2016 e 2022.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )         

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