quarta-feira, 7 de março de 2018

Mariz: Presidente é alvo de devassa


                      

           O advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que representa Michel Temer,  afirmou ontem que  o presidente está sendo alvo de uma "devassa" em sua vida. Mariz criticou a autorização para quebra do sigilo bancário de Temer no inquérito que apura irregularidades  no chamado Decreto dos Portos e a inclusão emedebista na investigação sobre repasses da Odebrecht para campanhas do partido.                     
            Segundo o advogado, as decisões dos ministros do Supremo Tribunal Federal Luis Roberto Barroso e Edson Fachin afrontam a Constituição porque Temer não poderia ser investigado "responsabilizado" por atos anteriores ao mandato.
            "Está havendo uma verdadeira devassa na vida do presidente da República, cujos objetivos e causas são desconhecidas. Por que se está fazendo isso com Michel Temer?", afirmou Mariz ao Estado. "Os fatos concretos quando surgem são contestados, duas denúncias já foram suspensas, o seu andamento, porque a Câmara não deu autorização e, no entanto, se continua a fustigar, a praticar uma verdadeira devassa contra ele."
               Para o advogado, Barroso autorizou a quebra do sigilo em "um inquérito que praticamente perdeu seu objeto".  Ficou demonstrado, já documentalmente, e o ministro Barroso tem conhecimento disso, que a Rodrimar (empresa alvo da investigação) não foi beneficiada pelo decreto de 2017. Isso está documentado nos autos. O objeto do inquérito era exatamente apurar eventual favorecimento do presidente em relação a esta empresa e esta empresa não foi favorecida."
                 Mariz reiterou a informação da Presidência de que será dado acesso à imprensa dos extratos das contas bancárias de Temer. "Nem precisaria afirmar isso, porque isso vai aos autos e creio que o relator permitirá que a imprensa tenha amplo acesso a isso", disse. "O presidente da República não se opõe a essa exibição, apenas está estupefato, estarrecido com as agressões que se pratica contra a própria Constituição, querendo por toda lei, a toda força, incluí-lo em novos inquéritos."

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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