sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Tribunal Penal Internacional acordará para os abusos de Maduro ?


  
           Saudo por fim a decisão do Tribunal Penal Internacional em dispor-se a julgar os abusos e os crimes do ditador Nicolas Maduro e de seu odiento regime contra o Povo venezuelano. São as primeiras gotas de um temporal, que tardaram demasiado por injunções e pretextos vários, que nada têm a ver com a situação de verdadeira calamidade pública na terra hoje desfigurada do grande Simón Bolivar, um perene orgulho para as Américas, a que a conhecida Organização dos Estados Americanos terá pensado possível, para vergonha de seus membros, que se poderia tolerar tal estado de real calamidade, como se fora situação de normale amminastrazione.
           Data venia,  tardou demasiado que o TPI tenha afinal se decidido a examinar o escândalo contra os direitos humanos que vem sendo praticado, até o presente de forma impune e com inaudita arrogância, para vergonha não só da OEA e de seus membros, que se dissimulam na rotina diplomática,  como se submeter um Povo à rotina da miséria e da fome, sob pretextos hipócritas de uma soberania que não foi construída juridica e politicamente,  para infringir as mais comezinhas regras de respeito ao próprio Povo, que começam pela saúde, alimentação e respeito mínimo aos direitos de uma população que o caráter predatório de seus atuais governantes  tem tratado de forma ainda mais torpe do que a animais, constrangendo essa pobre, infeliz gente a buscar refúgio nos países vizinhos, como são exemplo a Colômbia e o próprio Brasil.
            O ditador Nicolas Maduro  e sua atual esposa encenam, com o confetti da mentira e do sumo desrespeito às legiões de infelizes que, macilentos e famélicos, vagam pelas ruas e avenidas da antiga próspera Caracas,  hoje  um  vasto deserto de homens  e mulheres  que mal tem forças para protestar contra esse escândalo público.  O que festeja esse casal, com o aplauso de seus acólitos e lacaios?  Mais uma candidatura a presidente dessa cria de Hugo Chávez Frias, que hoje há de revirar-se na sepultura pela ideia infeliz de recomendá-lo de seu leito de morte para a presidência da pátria de Simón Bolívar!
             Por sua vez,  durante viagem a alguns países da América Latina, Ministro de governante que se tem destacado mais pela forma inusitada das atitudes e pelo desrespeito do direito das gentes, chegou ao cúmulo de sugerir um golpe militar  para resolver o problema. Será que a América Latina já não sofreu demasiado debaixo das botas e dos uniformes das Forças Armadas, que ora se volte, com ignorância e menosprezo pelos seus vizinhos continentais,  a recomendar esse calamitoso remédio, que a nossa gente vem, com esforço e sacrifício, batalhando para livrar-se de uma vez por todas?
                 Diante dessas desconcertantes declarações, o que é necessário fazer para salvar o Povo venezuelano, que não pode ser vitimado por um governo desonesto e despreparado para os sérios e sagrados deveres das autoridades. De uma coisa se pode afirmar: mesmo o maior imbecil dos seres humanos se terá capacitado de que algo deve ser feito, algo que faça honra a quem o proponha e a quem o realize, pois, grita aos Céus que não se pode assistir em inane silêncio ou na hipercautela dos que se refugiam no alegado respeito aos direitos de cada governo de administrar cada país das Américas, e que na verdade preferem a inação seja dos indiferentes, seja dos idiotas,  como se a calamidade pública que ora deparamos na antes próspera e buliçosa terra da Venezuela  constitua algo de escassa relevância, a ponto de aquele senhor - que ao ver de muitos deveria voltar a tratar de petróleo - prefira o silêncio, para não cair nos discursos e nos gestos que criam, ao invés do marasmo presente,  ações tendentes a resolver  um grande problema americano.
                  O conceito da salvação pública, que nasceu em situação diversa, responde, no entanto, a um clamor do Povo Venezuelano, que não carece de ser hipotetizado, pois essa gente, tangida pela fome, pela miséria, pela falta de qualquer atenção de regime tão traidor quanto infiel e canalha, e que pelos seus atos de bárbara indiferença  pela saúde e o mínimo bem-estar desse Povo sofrido e inocente, já perdeu toda e qualquer prerrogativa para vir aos tribunais da Opinião Pública Mundial clamar sobre soberania. A gente venezuelana não poderia estar votando de forma mais marcante, pujante e estentórica  do que na decisão de abandonar  por um tempo o torrão natal, tangida que é pela fome, pelo abandono e pelo espectro das enfermidades que visitam pressurosas os organismos combalidos pela extrema  desnutrição. Que voto mais significativo esse que o da gente venezuelana de abandonar, em desespero, suas casas, seus pertences, e atravessar fronteiras de terras que pensam ser amigas e compreensivas nesta hora árdua e infeliz, que não o é só para a Venezuela,  mas também, e me condói dizê-lo, para as Américas, do Norte, do Centro e do Sul, pelo apoio que deram às vezes contrafeitos, mas faço votos que se essas palavras para algo servirem, elas possam contribuir para sacudir e mover a nossa gente desse Continente, que ainda é um só e não pode fingir,  fazer-se de desatento nem muito menos fugir de uma responsabilidade que é binária: abrir a porta de saída para o ditador Nicolás Maduro e a de entrada para a ajuda das Américas, a que a Venezuela merece como Terra do Libertador, com os seus ideais e palavras, o grande herói Simon Bolivar.                       
           

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