quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Serventia do Bolivar na Híperinflação


                     
       A estória é simples, mas reflete até que ponto o pobre bolívar perdeu o valor.
       
      Um ambulante  - Wilmer Rojas  -  deu com modo peculiar de servir-se do papel-moeda da Venezuela. Principiou a recolher bilhetes de 2, 5, 10 e 20 bolívares, que a gente joga nas ruas ou calçadas de Caracas, pelo fato de não comprarem coisa alguma. Desses bilhetes, a hiperinflação lhes tirou a serventia do dinheiro. Passaram a ser papel impresso.

      Como a hiperinflação não pára (13 mil % este ano) sobra material, e Wilmer confecciona de tudo com as notas que ninguém quer: de bolsas a caixas de cigarro, para vendê-las em estações do metrô de Caracas.  Segundo Wilmer, para confeccionar uma carteira, são necessárias 400 notas.

           Por outro lado, o protesto imaginado pelo desenhista José León, de 26 anos, lhe está sendo mais rendoso. Ele pinta notas com imagens de heróis de história em quadrinhos e paisagens sobre o rosto do Libertador Simón Bolívar. Segundo ele, seus fregueses chegam a pagar até US$ 20 por uma peça.  E José brinca: Com um pouco de tinta valorizo minha moeda em 5.000%...

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )                 

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