quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

A Lei da Negação

                               
       Sancionada ontem pelo Presidente da Polônia, Andrzej Duda, a legislação torna crime acusar a Polônia de conivência com os crimes cometidos pelos nazistas durante a ocupação do país na 2ª Guerra Mundial.   Está provocando compreensível  revolta  na comunidade internacional, e, particularmente,  em Israel, Estados Unidos e  Ucrânia. Se, desde logo, é inteligível  a reação de Israel e Estados Unidos,  de um lado por representar o símbolo da resistência do Povo Judeu, e de outro, do apoio dado à entidade político-territorial dos herdeiros e sobreviventes desse magno ataque,  semelha igualmente importante a reação da Ucrânia que decorre, decerto, dos massacres sofridos por judeus, naquela antiga república da União Soviética.
         Desde 2015, a Polônia é governada por um partido de direita - Partido Lei e Justiça, de que o atual Presidente, A. Duda, é o respectivo líder.  A legenda assumiu o poder  no auge da crise  dos refugiados na União Europeia.  Aboliu, no que lhe concernia, as cotas defendidas pela Chanceler Merkel para abrigar imigrantes do Oriente Médio e do Norte da Africa.  A postura radical desse Partido tem causado preocupação em Bruxelas,  como a nomeação de partidários da legenda à Suprema Corte.  Tais medidas fizeram a U.E. punir a Polônia e até ameaçar o seu direito de voto dentro do bloco.
           Não se deve esquecer que mais de 3,2 milhões de judeus que eram habitantes da Polônia foram mortos pelos nazistas - o que equivale a cerca de metade  de todos os judeus mortos no Holocausto.   

( Fonte: O Estado de S. Paulo )
   

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