terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Réquiem pela Cidade Maravilhosa?


                     

       Se houvesse um grupo, vindo de cidade rival, com o fim de desmoralizar o Rio de Janeiro, afetar-lhe a economia e fechar com estrondo os encantos e atrativos do carnaval carioca, ele não poderia estar trabalhando melhor com a ajuda ao revés do governador Pezão, e da sua equipe, se ele tem alguma.
        O informativo da Rede Globo do fim da tarde bastaria para isso. Foi acabrunhante o número de turistas estrangeiros, homens e mulheres, que bateram em uma inútil delegacia para declarar furtos e em sobretudo roubos de carteiras, bolsas e tudo o mais que um turista levar possa consigo.
        A violência, no entanto, ela estourou por toda parte, arrogante e raivosa, agindo com a desenvoltura de quem sabe não ter polícia pela frente.
         Quando se fala em brutalidade e estúpida perversidade, como não pensar na morte covarde e bestialmente infligida por bandidos que se sentem sem peias nem qualquer polícia por perto.  Alegre, o jovem vinha para casa, primeiro por haver passado no vestibular e segundo, por ter ganho um celular de presente dos pais.
         Estava a duas quadras do lar familiar e não resistiu ao impulso de comunicar aos pais que passara no vestibular para o curso de física da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Por má sorte sua, nas ruas desertas (de polícias), mas fervilhando de ladrões assassinos no Rio,  foi entrevisto  por dois covardes bandidos que o perseguiram com a moto até atropelá-lo por mais de uma vez, e machucá-lo repetidamente com pontapés, ao ponto de transformar-lhe o rosto em um só hematoma.
           Nem bestas ferozes tem tanta gana de mal fazer, para quem andava feliz, por acercar-se de casa e ter um celular nas mãos.
           Pobre David! Pela violência no Rio, ele costumava evitar sair à noite. Pelos ferimentos cruel e estupidamente infligidos, sofreu  em leito de hospital, aonde ficou internado, desde o dia trinta e um de janeiro. Por nove dias padeceu e, ao cabo,  a maldade dos bandidos cobrou-lhe a  jovem vida.  O atestado de óbito registra laceração do encéfalo e fratura do crânio, além da estúpida desfiguração da face.
            Espera-se Justiça. Assim como se procedera com o turista argentino, que foi morto com traumatismo na nuca, ao cabo de uma briga em Ipanema, em um bar da Vinicius de Morais, o empenho da polícia acabou por descobrir e prender para julgamento o bando de valentões que mataram o pobre portenho.
            A vida de David, ninguém poderá trazer de volta. Mas a polícia, tanto civil, quanto militar, de nosso governador Pezão, que a tudo parece assistir surpreso e com olhos esbugalhados, de quem não entende o que está acontecendo, não deve ter muito dificuldade, para, com a ajuda das câmeras, localizar e identificar tais assassinos, para que respondam na Justiça pelo crime hediondo que praticaram.
            Com tanta estúpida violência, e o criminoso abandono da população, é mais do que tempo para reagir e pôr um termo a essa farra dos  bandidos. Basta de impunidade!

( Fontes:  Rede Globo,  O Globo )

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