De volta de
rápidas férias, para alguém que esteve
afastado, a primeira reação que se tem é
a da crescente radicalização do conflito.
No segundo dia do desencadeamento dos protestos em Caracas, o 'autoproclamado presidente', Juan Guaidó
reaparece na capital, convocando greve na administração pública a partir deste
dois de maio.
Em discurso, Nicolás Maduro acusou a oposição de querer iniciar uma
guerra civil. Nesse sentido, o líder chavista insinuou que os Estados Unidos
poderiam estar por "ordenar uma
invasão no país".
Como já transpirou, sobretudo após o intento de golpe de estado a que
recorrera o líder oposicionista, sem, no entanto, colher no 'high brass' que apoia Nicolás Maduro defecções
de monta, reponta a dúvida de que o presidente da Assembleia Nacional estaria
tentando implementar uma tática do presidente americano, em possibilidade
diversionista, como insinuara conceituada revista, diante da aparente falta de
êxito dos atuais esforços.
Haja ou não envolvimento de Donald Trump, o que por ora semelha forçoso
reconhecer é que o general Padrino continua leal a Maduro, e esta por ora
parece ser a reação dos chamados altos
mandos.
Por
outro lado, Leopoldo López, a quem o regime tolerava em uma prisão domiciliar,
e que tem ascendência sobre Juan Guaidó, teria voltado a um maior ativismo
político. Outro sinal, ainda que marginal, da crescente insegurança na
Venezuela, está no incremento das expatriações voluntárias, como se verifica em
Roraima, com a saída em uma única jornada de 848 venezuelanos, que se tornaram
refugiados nesta terça-feira, ao preferirem sair para esse estado brasileiro,
diante da prevalente insegurança no próprio país.
( Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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