quinta-feira, 2 de maio de 2019

Guaidó x Maduro


                                       

          De volta de rápidas  férias, para alguém que esteve afastado, a primeira reação que se tem  é a da crescente radicalização do conflito.
             No segundo dia do desencadeamento dos protestos em Caracas,  o 'autoproclamado presidente', Juan Guaidó reaparece na capital, convocando greve na administração pública a partir deste dois de maio.
              Em discurso, Nicolás Maduro acusou a oposição de querer iniciar uma guerra civil. Nesse sentido, o líder chavista insinuou que os Estados Unidos poderiam  estar por "ordenar uma invasão no país".
              Como já transpirou, sobretudo após o intento de golpe de estado a que recorrera o líder oposicionista, sem, no entanto, colher no 'high brass' que apoia Nicolás Maduro defecções de monta, reponta a dúvida de que o presidente da Assembleia Nacional estaria tentando implementar uma tática do presidente americano, em possibilidade diversionista, como insinuara conceituada revista, diante da aparente falta de êxito  dos atuais esforços.

               Haja ou não envolvimento de Donald Trump, o que por ora semelha forçoso reconhecer é que o general Padrino continua leal a Maduro, e esta por ora parece ser a reação dos chamados altos mandos.
                  Por outro lado, Leopoldo López, a quem o regime tolerava em uma prisão domiciliar, e que tem ascendência sobre Juan Guaidó, teria voltado a um maior ativismo político. Outro sinal, ainda que marginal, da crescente insegurança na Venezuela, está no incremento das expatriações voluntárias, como se verifica em Roraima, com a saída em uma única jornada de 848 venezuelanos, que se tornaram refugiados nesta terça-feira, ao preferirem sair para esse estado brasileiro, diante da prevalente insegurança no próprio país.

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

                                                                                   

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