Mais do que a
resistência do regime chavista de Nicolás Maduro, preocupa sobretudo a
continuada capacidade da ditadura ditar normas e, sobretudo, prosseguir na
criminosa atuação contra próceres da resistência democrática.
Insere-se nessa covarde tática da
reação parcelada, que busca desmoralizar as forças contrárias da democracia,
através de ações inesperadas e imprevisíveis, como a recentissima detenção do
vice-presidente da Assembléia Nacional, Édgar
Zambrano.
O próprio deputado descreveu sua
prisão pelo twitter: patrulhas do
Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) cercaram seu carro diante da sede da Ação
Democrática, que é o partido de Zambrano. Ainda quanto ao episódio da detenção
ilegal, patrulhas do Sebin, diante de sua recusa de sair do carro "utilizaram
um reboque para nos levar ao Helicoide".
Esta palavra é referência ao cárcere que é a sede do Sebin.
Com a suspensão da imunidade
parlamentar, que foi decidida pela pretensa Constituinte, os três deputados que
haviam sido "distinguidos" cuidaram de se refugiar em missões
diplomáticas: Richard Blanco buscou abrigo na embaixada da Argentina em Caracas;
na quarta-feira, a deputada Mariela
Magallanes se refugiou na residência
da embaixada da Itália em Caracas.
De acordo com o chanceler italiano,
Enzo Moavero Milanesi, ela receberá
"a proteção e a hospitalidade de acordo com as convenções
diplomáticas" No seu comunicado, o ministro italiano condenou as medidas
do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que é controlado por 'magistrados'
chavistas.
Um terceiro deputado também se
homiziou na residência do embaixador italiano em Caracas. Em sua mensagem pelo Twitter, declarou Américo De
Grazia: "Ainda estou na luta
pela democracia e agradeço as boas vindas da Itália", disse o deputado
Américo De Grazia, que é membro do Partido La Causa R.
Há mais seis deputados que estão
na mira da Justiça ditatorial de Maduro, por terem apoiado o movimento de Juan Guaidó, são: Luis Florido, Henry Ramos Allup, Simón Calzadilla, Freddy Superlano,
Sergio Vergara e Juan Andrés Mejia.
Por outro lado, Leopoldo López, um dos principais líderes opositores e
antigo mentor de Juan Guaidó, também está residindo com a família na
embaixada de Espanha.
(
Fontes: O Estado de S. Paulo; O Globo )
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