sexta-feira, 10 de maio de 2019

Preocupa a situação na Venezuela


                              
        Mais do que a resistência do regime chavista de Nicolás Maduro, preocupa sobretudo a continuada capacidade da ditadura ditar normas e, sobretudo, prosseguir na criminosa atuação contra próceres da resistência democrática.
            Insere-se nessa covarde tática da reação parcelada, que busca desmoralizar as forças contrárias da democracia, através de ações inesperadas e imprevisíveis, como a recentissima detenção do vice-presidente da Assembléia Nacional, Édgar Zambrano.
            O próprio deputado descreveu sua prisão pelo twitter: patrulhas do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin)  cercaram seu carro diante da sede da Ação Democrática, que é o partido de Zambrano. Ainda quanto ao episódio da detenção ilegal, patrulhas do Sebin, diante de sua recusa de sair do carro "utilizaram um reboque para nos levar ao Helicoide". Esta palavra é referência ao cárcere que é a sede do Sebin.
             Com a suspensão da imunidade parlamentar, que foi decidida pela pretensa Constituinte, os três deputados que haviam sido "distinguidos" cuidaram de se refugiar em missões diplomáticas:  Richard Blanco buscou abrigo na embaixada da Argentina em Caracas; na quarta-feira, a deputada Mariela Magallanes se refugiou  na residência da embaixada da Itália em Caracas.
            De acordo com o chanceler italiano, Enzo Moavero Milanesi, ela receberá "a proteção e a hospitalidade de acordo com as convenções diplomáticas" No seu comunicado, o ministro italiano condenou as medidas do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que é controlado por 'magistrados' chavistas.
             Um terceiro deputado também se homiziou na residência do embaixador italiano em Caracas.  Em sua mensagem pelo Twitter, declarou Américo De Grazia: "Ainda estou na luta pela democracia e agradeço as boas vindas da Itália", disse o deputado Américo De Grazia, que é membro do Partido La Causa R.
             Há mais seis deputados que estão na mira da Justiça ditatorial de Maduro, por terem apoiado o movimento de Juan Guaidó, são: Luis Florido, Henry Ramos Allup, Simón Calzadilla, Freddy Superlano, Sergio Vergara e Juan Andrés Mejia.

           Por outro lado, Leopoldo López, um dos principais líderes opositores e antigo  mentor de Juan Guaidó, também está residindo com a família na embaixada de Espanha.

( Fontes: O Estado de S. Paulo; O Globo )

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