O
governo de Jair Bolsonaro tem um senhor desafio pela frente. Desgastado por
derrotas no Congresso, o seu governo terá de busca em prazo menor a quinze dias
a aprovação de onze medidas provisórias que estão prestes a perder a respectiva
validade.
Entre tais medidas, está aquela que reorganiza os ministérios.
As
relações com o Congresso ficaram decerto
mais tensas depois de o Presidente haver compartilhado texto que chama de
ingovernável o Brasil na ausência de
conchavos.
Insatisfeitos diante da visão pessimista do presidente sobre as relações
de Executivo e Legislativo, membros de
vários partidos avaliam se valeria a pena deixar as MPs caducarem, à guisa de
recado ao Palácio do Planalto. O
problema é que indo por essa via, estarão reforçando a argumentação vitimista
do presidente.
O Governo Bolsonaro, diante das dificuldades muitas delas
auto-criadas, tenta agora trazer de
volta à pauta a reforma da Previdência Social,
ofuscada nos últimos dias pelos protestos contra cortes nas
universidades e pelas investigações que atingem o Senador Flávio Bolsonaro.
Diante desse quadro decerto inquietante, o Presidente quer mostrar que continua a manter
a confiança do apoio popular, havendo sido eleito com cerca de 58 milhões de votos. Nesse
sentido, estão convocados para domingo
atos em defesa do Governo.
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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