Enganam-se
aqueles que o E.I. seria responsável pelo maior número de mortos, dentro de
sistema de manutenção do poder através da intimidação. Segundo a pesquisa
moderna estabelece, tal primado maldito caberia mais à ditadura de Bashar al
Assad, na Síria.
De
acordo com reportagem publicada pelo New
York Times, chega a dezenas de milhares
o número de mortos produzido pelos infames calabouços da Síria.
Mesmo agora, em que a revolução síria já se transmutou e não mais sequer
se aproxima de o que um tempo seus adeptos pensaram fosse possível seu termo,
ainda assim o regime de Bashar não diminuíu tanto o número de prisões, quanto
haja tornado mais humana a própria repressão. Como tenho assinalado alhures, o
que hoje se configura, seria impossível, caso a mensageira Hillary Clinton, em
representação de todas as autoridades americanas cujo poder se estende a áreas
exteriores, não houvesse recebido do então presidente Obama um não quanto a uma nova forma de presença
estadunidense que tange à revolução síria. Enquanto secretária do Departamento
de Estado, Hillary não se furtou a transmitir a Obama a opinião unívoca de
todos os chefes de departamentos (ministérios e secretarias), quanto à
conveniência de um papel mais afirmativo estadunidense no que tange ao apoio da
Liga Árabe, que defendia uma vertente democrática para a revolução síria. Como
relatei em outro blog, Obama negou-se a aceitar a proposta que lhe trazia a sua
Secretária de Estado, em representação de todas as agências com competência na
matéria. Mas o não de Obama se incluiria na série de erros dos moradores da
Casa Branca, a tal ponto que escrever sobre a situação pós- recusa de Obama e
assunção de gospodin Vladimir Putin do prato sírio, pode relembrar o velho
ditado luso de que a boa iguaria não aproveita a quem a prepara, mas sim a quem
a come. E Barack Obama preferiu continuar no seu inferno montanhoso afegão, que a
tantas ambições imperiais já fizera sentir o pó áspero da derrota, do que
apoiar uma bem-pensada sugestão trazida pela Secretária do Exterior. Mas voltemos ao drama da chamada terra da
passagem.
Os
cárceres sírios apresentavam então tal superlotação que os presos, se queriam
conciliar o sono, têm que organizar um sistema para substituir a ausência de
catres ou de qualquer petrecho que sirva para um precário repouso. Ter lugar
para dormir no chão irregular e por vezes úmido dos calabouços da dinastia já
corresponde a um favor especial.
As
masmorras dos al-Assad se caracterizam pelas torturas incessantes e pela
superlotação das celas, a ponto de que os prisioneiros não dispõem de qualquer
espaço para o repouso. Dessarte, ele somente se torna possível se houver um
acordo entre os detidos que possibilite tal "rodizio" entre os que
estão acordados e aqueles que dispõem de
"espaço" para o descanso.
Por outro lado, o regime de Bashar
procura através da repressão, da tortura, e dos intermináveis interrogatórios
reduzir o contingente dos sírios que ainda se empenhem em combater-lhe a
ditadura e o regime opressivo que a dinastia dos Assad representa.
Na
sua ida à Canossa - no caso, o Kremlin sob o ex-agente secreto gospodin
Putin - Bashar logrou escapar da derrota perante os revolucionários e do
destino certo e inelutável do Tribunal Penal Internacional, ao eleger a sua
particular Canossa e tornar-se voluntário vassalo do ditador russo., Em cedendo
a absoluta liberdade tão prezada pelos al - Assad, evitou ser mandado para o TPI, na Haia, onde
seria muito provavelmente, por todas as atrocidades cometidas, sentenciado à prisão perpétua. Não tendo mais escolha, Assad preferiu ser um sub-tirano, com poder sem limites contra
os seus infelizes súditos, mas garantido de inopinadas "surpresas"
pela proteção de seu amo e senhor Vladimir V.Putin, hoje virtual tzar de todas
as Rússias.
Não se poderia dizer que na sua
viagem para Moscou tenha arrostado punições como Canossa. Entrou na velha fortaleza medieval dos
boiardos russos, como um soberano perseguido, mas ainda dono de seu nariz. O
seu tirocínio foi ainda ter condições na sua própria terra de oferecer
condições de submissão aceitáveis para o novo amo e senhor. Cedeu na Ásia Menor
terras e portos para a Rússia, que dessarte pôde afastar-se um pouco mais de
seu temor permanente enquanto a mares que congelem no inverno. Além disso, Bashar
ainda teve condições de oferecer ao seu Amo terras para bases aéreas, no que
atendeu às determinações do novo Senhor de todas as Rússias.
Reforçado pelo apoio aéreo russo, assim como satisfazendo todas as eventuais demandas de seu novo amo e senhor, Bashar al Assad saíu do temido e perigoso isolamento, e garantiu graças ao poder de Moscou dispor de condições que lhe habilitavam poder partir para o ansiado escopo de poder, enfim, esmagar a resistência dos rebeldes. Com a frieza de seus antepassados, se Bashar perdia a condição de soberano absoluto, continuaria senhor e opressor de seus infelizes súditos. Sorveu, dessarte, a amarga porção da vassalagem, não terá sido cousa fácil para quem se acreditara soberano absoluto. Se ele se jogara na repressão e na longa tentativa de dominar a revolta nascida em Dehra, e que outro poderia ter conciliado com a oferta de uma monarquia constitucional, ele, que se acreditava representar uma linha dinástica, quando na verdade a ambição e o orgulho lhe toldavam a visão quanto ao peso dinástico de suas real família, e que, mais do que por instantes, havia podido nutrir a aspiração e até a expectativa de tornar Damasco capital de um poder respeitado no Próximo e Médio Oriente, não tinha podido suportar o desafio dos estudantes e das primeiras inócuas demonstrações em prol de uma Constituição e um regime com traços de monarquia ocidental, aonde certas liberdades práticas na vizinha Europa pudessem ser observadas, dentro de moldes aceitáveis para os al-Assad, como tantos outros que depressa esquecem as origens plebeias e castrenses desses monarcas.
Reforçado pelo apoio aéreo russo, assim como satisfazendo todas as eventuais demandas de seu novo amo e senhor, Bashar al Assad saíu do temido e perigoso isolamento, e garantiu graças ao poder de Moscou dispor de condições que lhe habilitavam poder partir para o ansiado escopo de poder, enfim, esmagar a resistência dos rebeldes. Com a frieza de seus antepassados, se Bashar perdia a condição de soberano absoluto, continuaria senhor e opressor de seus infelizes súditos. Sorveu, dessarte, a amarga porção da vassalagem, não terá sido cousa fácil para quem se acreditara soberano absoluto. Se ele se jogara na repressão e na longa tentativa de dominar a revolta nascida em Dehra, e que outro poderia ter conciliado com a oferta de uma monarquia constitucional, ele, que se acreditava representar uma linha dinástica, quando na verdade a ambição e o orgulho lhe toldavam a visão quanto ao peso dinástico de suas real família, e que, mais do que por instantes, havia podido nutrir a aspiração e até a expectativa de tornar Damasco capital de um poder respeitado no Próximo e Médio Oriente, não tinha podido suportar o desafio dos estudantes e das primeiras inócuas demonstrações em prol de uma Constituição e um regime com traços de monarquia ocidental, aonde certas liberdades práticas na vizinha Europa pudessem ser observadas, dentro de moldes aceitáveis para os al-Assad, como tantos outros que depressa esquecem as origens plebeias e castrenses desses monarcas.
( Fontes: The New York Times, CNN)
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