sábado, 11 de maio de 2019

Crivella e os estragos do temporal de abril


               

       Sem dúvida oportunas, as reportagens de O Globo sobre as marcas - na verdade, os danos e os destroços - do temporal da noite de oito de abril p.p. No entanto, às sinalizações falta um sujeito ou a causa que, pela inação, explica  que até hoje, a onze de maio corrente, permaneçam intocados os locais das diversas tragédias determinadas pelas torrenciais chuvas daquela noite, com o seu legado de morte e destruição.

          Do grotesco - com o trecho da Ciclovia Tim Maia, ao longo da Avenida Niemeyer, que despencou para as profundezas do mar enraivecido  - ao inexplicável - permanece intocada, nada havendo mudado nos restos da casa em que morreram soterrados as irmãs Doralice e Gerlaine do Nascimento, e Gilson Cezar Cerqueira dos Santos. No Leme, no Morro da Babilônia, lá permanecem os restos da casa soterrada pela enxurrada: um mês depois, nem um tijolo foi movido do imóvel onde aconteceu a tragédia. Lá dentro, na casa arruinada, tudo permanece no mesmo lugar. Também na rua Jorge Gouveia, no Jardim Botânico, um mês depois, o cenário de destruição continua o mesmo. E os problemas se repetem nas ruas Corcovado e Lopes Quintas.

           Também as marcas da  tragédia persistem, por causa da lentidão dos trabalhos de reparação. Assim, a Avenida Carlos Peixoto, em Botafogo, onde morreram Lúcia Xavier Sarmento, sua netinha Júlia Neves Aché e o taxista Marcelo Tavares Marcelino, continua fechada ao tráfego e com galhos e troncos nas calçadas.
             Por outro lado, na Barra da Tijuca, a quantidade de terra no deslizamento sob o viaduto onde passa a Linha Quatro do metrô parece ter até aumentado. E a prefeitura não explicou por que a recuperação não foi concluída.

( Fonte:  O  Globo )

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