Sem dúvida oportunas,
as reportagens de O Globo sobre as
marcas - na verdade, os danos e os destroços - do temporal da noite de oito de
abril p.p. No entanto, às sinalizações falta um sujeito ou a causa que, pela
inação, explica que até hoje, a onze de
maio corrente, permaneçam intocados os locais das diversas tragédias
determinadas pelas torrenciais chuvas daquela noite, com o seu legado de morte
e destruição.
Do grotesco - com o trecho da Ciclovia Tim Maia, ao longo da Avenida
Niemeyer, que despencou para as profundezas do mar enraivecido - ao inexplicável - permanece intocada, nada
havendo mudado nos restos da casa em que morreram soterrados as irmãs Doralice
e Gerlaine do Nascimento, e Gilson Cezar Cerqueira dos Santos. No Leme, no
Morro da Babilônia, lá permanecem os restos da casa soterrada pela enxurrada:
um mês depois, nem um tijolo foi movido do imóvel onde aconteceu a tragédia. Lá
dentro, na casa arruinada, tudo permanece no mesmo lugar. Também na rua Jorge
Gouveia, no Jardim Botânico, um mês depois, o cenário de destruição continua o
mesmo. E os problemas se repetem nas ruas Corcovado e Lopes Quintas.
Também as marcas da tragédia persistem, por causa da lentidão dos
trabalhos de reparação. Assim, a Avenida Carlos Peixoto, em Botafogo, onde
morreram Lúcia Xavier Sarmento, sua netinha Júlia Neves Aché e o taxista
Marcelo Tavares Marcelino, continua fechada ao tráfego e com galhos e troncos
nas calçadas.
Por outro lado, na Barra da Tijuca,
a quantidade de terra no deslizamento sob o viaduto onde passa a Linha Quatro
do metrô parece ter até aumentado. E a prefeitura não explicou por que a
recuperação não foi concluída.
(
Fonte: O
Globo )
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