domingo, 19 de maio de 2019

Eleições para o Parlamento Europeu


                 

         Na próxima semana - de 23 de maio a domingo, 26 - estão previstas as eleições para o Parlamento Europeu. Como se sabe, delas participará ainda o Reino Unido, apesar de já ter um pé fora da Comunidade Européia.  Essa votação é uma das consequências dos ires e vires da eventual saída do Reino Unido da União Europeia.

            Na sua coluna, Clovis Rossi alude à ascensão da extrema-direita e de seu parente próximo, o populismo.  Nesse contexto, ressalta a coalizão ultra que inclui, sobretudo, a Liga de Matteo Salvini, vice-premiê italiano e ponta de lança para a eventual criação de um tal Movimento, uma espécie de internacional neofascista, na visão também de Steve Bannon, que já foi assessor de Donald Trump.

              Segundo Federico Fubini, editor do Corriere della Sera (centro-esquerda) , enquanto governos na periferia da U.E. se opõem à imigração, parte do eleitorado está preocupado com o inverso, a emigração. Para o editor do Corriere, húngaros, poloneses e italianos já estão partindo em levas de seus paises, e as pesquisas mosram que aos que ficam preocupa mais os cidadãos que deixam o país, do que com estrangeiros que chegam.
  
                A causa principal da emigração é a insegurança econômica. Os partidos populistas - contrários em geral ao projeto europeu - têm sabido tirar proveito dessa inquietude.  Assim, o novo líder do Partido Democrático (centro-esquerda), Nicola Zingaretti: "A força dos nacionalismos se assenta na grande capacidade de localizar os problemas que geram raiva. Mas são incapazes de resolvê-los."Ele dá exemplo concreto sobre Matteo Salvini, que co-governa a Itália com os populistas do Movimento 5 Estrelas: "Disseram que a Itália cresceria a 1,4%; em dezembro reduziram para 1% e agora estamos em 0,1%. Perdemos 35 mil empregos."


( Fonte: Folha de S. Paulo (coluna de Clóvis Rossi) )

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