Na próxima semana - de
23 de maio a domingo, 26 - estão previstas as eleições para o Parlamento
Europeu. Como se sabe, delas participará ainda o Reino Unido, apesar de já ter
um pé fora da Comunidade Européia. Essa
votação é uma das consequências dos ires e vires da eventual saída do Reino
Unido da União Europeia.
Na sua coluna, Clovis Rossi alude à
ascensão da extrema-direita e de seu parente próximo, o populismo. Nesse contexto,
ressalta a coalizão ultra que inclui, sobretudo, a Liga de Matteo Salvini,
vice-premiê italiano e ponta de lança para a eventual criação de um tal
Movimento, uma espécie de internacional neofascista, na visão também de Steve
Bannon, que já foi assessor de Donald Trump.
Segundo Federico Fubini, editor do Corriere della Sera (centro-esquerda) ,
enquanto governos na periferia da U.E. se opõem à imigração, parte do
eleitorado está preocupado com o inverso, a emigração. Para o editor do Corriere, húngaros, poloneses e
italianos já estão partindo em levas de seus paises, e as pesquisas mosram que aos
que ficam preocupa mais os cidadãos que deixam
o país, do que com estrangeiros que chegam.
A causa principal da
emigração é a insegurança econômica. Os partidos populistas - contrários em
geral ao projeto europeu - têm sabido tirar proveito dessa inquietude. Assim, o novo líder do Partido Democrático
(centro-esquerda), Nicola Zingaretti: "A força dos
nacionalismos se assenta na grande capacidade de localizar os problemas que
geram raiva. Mas são incapazes de resolvê-los."Ele dá exemplo concreto
sobre Matteo Salvini, que co-governa a
Itália com os populistas do Movimento 5 Estrelas: "Disseram que a Itália
cresceria a 1,4%; em dezembro reduziram
para 1% e agora estamos em 0,1%. Perdemos 35 mil empregos."
(
Fonte: Folha de S. Paulo (coluna de Clóvis Rossi) )
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