domingo, 5 de maio de 2019

A fuzilaria dos 83 tiros


                          
       Até o subprocurador-geral da Justiça Militar Carlos Frederico de Oliveira Pereira admite com o seu linguajar costumeiro, por vezes chulo, que já viu "tiroteio e o cacete" no Rio , que até ficou chocado com o episódio em que militares fuzilaram com oitenta e três tiros o veículo onde estava o músico Evaldo Rosa dos Santos.
         Não obstante o espanto, o subprocurador escreveu parecer - de cinco páginas - em que se declara favorável ao fim da prisão preventiva dos nove militares presos após a morte de Evaldo no passado mês de abril.
         "As pessoas estão muito assustadas, porque foi um caso gravíssimo, mas prisão preventiva é outra história. Se eles (os militares presos) soubessem que aquele carro era de pessoas que não eram bandidas (sic), eles não fariam isso. Os caras não saíram de casa para matar os outros", declara o subprocurador. 
           "Eles são pessoas normais. É uma galera normal, como qualquer pelotão  que você vê aí em qualquer quartel", assinala o subprocurador. Ele  tem  fama de rígido, durão e "autêntico no limite", dentro da Procuradoria Geral da República (PGR). Assumidamente conservador, diz, no entanto, que não sofre perseguição dos colegas.  "Não era uma pessoa assim de direita e hoje em dia sou. Enchi o saco dessa p... de esquerdismo. Era tudo mentira para ganhar dinheiro e corrupção."
              Segundo o artigo do Estadão reconhece, 'Fredão' é um professor rigoroso na Universidade de Brasília (Direito Penal), que e ele até admitiria ser "impossível" que o aluno obtenha a nota máxima (SS) na sua disciplina.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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