Como
os ventos foram benfazejos para a Rússia de Putin, quando da eleição americana de 2016, gospodin Prezident pode até pensar que a situação lhe continue
favorável, e por isso terá dado as instruções para que o seu fiel Primeiro
Ministro, Dmitri Medvedev cuide da questão com a sua habitual
proficiência e habilidade, para o importante evento das eleições para o
Parlamento Europeu, previstas para ocorrer em menos de duas semanas, e que tudo
saia nos conformes para os partidos e os líderes populistas, que rezem na sua
cartilha, ou que pelo menos não criem problemas para Papai Putin.
Assim, em nível mais reduzido, porém
localmente mais intenso, compartilham, segundo dizem investigadores da U.E., acadêmicos
e grupos de defesa afirmam que os novos esforços de desinformação tenham muitas
das ditas "impressões digitais", ou táticas empregadas nos ataques
russos anteriores, notadamente nos ataques contra o Diretório Democrata (a
candidata presidencial era Hillary Clinton), logrando repassar informações que
julgassem comprometedoras para sites
como o Wikileaks.
Sem
dúvida, o impacto dessa sub-reptícia forma de desinformação sistemática só pode
ter êxito junto a determinados grupos necessariamente limitados na respectiva
visão dos temas.
A
esse propósito, parece importante mencionar uma dessas "criaturas"
engendradas pelos especialistas russos, em que apareceu em 2016 - o mesmo ano
da eleição americana em que venceu Trump - um site italiano chamado "Estou
com Putin" em que se promoviam notícias e críticas sobre o Ocidente. A
esse propósito, um parêntesis se impõe: esses cometimentos um tanto toscos de gospodin Putin lembram as chamadas quintas-colunas que precederam a IIª
Guerra Mundial, fabricadas pelos nazistas com a tecnologia da época, e que
alegadamente intentavam desmoralizar as instituições democráticas do Ocidente
de então.
Esse site (o de 2016) hoje extinto, compartilhava uma conta de
rastreamento do Google com o site
oficial de campanha de Matteo Salvini,
vice-premiê de extrema-direita, e que é atualmente por muitos havido como o político mais
poderoso da Itália. Na época, a campanha de Salvini admitira que um técnico de web simpático ao grupo havia criado os
dois sites, mas disse que não tinha
filiação com a página favorável a Putin. É de assinalar-se que número de
rastreamento do Google também está
associado ao site do StopEuro, que hoje promove matérias da
mídia russa e sites ligados ao
Kremlin que criticam a União Europeia. A
tal propósito, seja de paso observado
que Moscou pode aproveitar-se com oportunismo das eventuais diferenças que
possam ter governantes populistas da Mittel Europa, como o húngaro e mais recentemente o polonês,
que tendam a tornar palatáveis para esses sites posições políticas que venham a ser
aceitáveis para o urso russo.
(Fonte:
O Estado de S. Paulo)
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