Em
sua coluna no Globo, Demétrio Magnoli expõe o erro crasso de aplicar no Brasil,
a mando do ditador turco, a prisão ao um ex-nacional daquele país, que aqui se
refugiou, e naturalizou-se brasileiro. O seu "crime" foi depositar
uma ínfima quantia no banco Asya, então um banco legal. Como assinalou Magnoli:
"caimos baixo: o ato de Fachin converte o sistema judicial brasileiro em tentáculo
da repressão do regime autoritário turco de Recep Erdogan".
Será que viramos republiqueta que treme diante do esbravejar do tirano
turco, a ponto de se mandar prender por modesta contribuição alguém que aqui veio
pensando na liberdade do povo brasileiro? O erro é tão crasso, que se afigura
difícil de acreditar que uma Justiça de um país que se acredita democrata venha
a cometê-lo.
Terá sido acaso por ignorância, como já referi em blog anterior, pelo
desconhecimento da condição do clérigo
Fethullah Gülen nos Estados Unidos?
Acreditam acaso possível que a Justiça americana permitiria que alguém
tão nefasto, quanto o pintam os servos do ditador turco, vivesse tranquilamente
na terra de Thomas Jefferson?
Chega a ser embaraçoso que juiz do Supremo haja aceito a patranha dos
escribas do tirano turco. Converter o pobre Ali Sipahi em criminoso, ele que
ora vive na terra da liberdade, é
transformá-lo no único preso político do Brasil !
(Fonte: O
Globo, coluna de Demétrio Magnoli )
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