sábado, 11 de maio de 2019

O triste fim da Revolução Síria


                                            
         Poucos se lembram dos começos e das encorajantes primícias da revolução da juventude síria contra o tirano Bashar al Assad.  Já faz muito tempo de suas encorajantes primícias. Os jovens sírios pensaram que desta vez seria para valer e se a sorte e o presidente Obama os tivesse acompanhado, quando o 44º presidente recebera a visita da então Secretária do Exterior, Hillary Clinton, que acedera ao gabinete presidencial em representação de todos os chefes de departamento com atuação externa, que envolvia a terra da passagem, para ponderar a Barack Obama que os Estados Unidos não deveriam abandonar e sim apoiar o já longo levante dos jovens sírios - que começara no sul - pois,  Hillary e seus aliados  avaliavam positivamente não só o seu cometimento democrático, assim como as favoráveis perspectivas do longo embate, que então prometiam um sofrido triunfo.

             A despeito de perseverar na intratável expedição no montanhoso Afeganistão, calvário de tantas outras potências, Obama, decerto para a surpresa de boa parte do próprio gabinete, preferiu esquivar-se por razões até hoje tingidas de mistério, tão claras se afiguravam então as perspectivas de afinal prevalecer no longo curso daquele choque, quando a concordância de todos os chefes no gabinete presidencial, que era simbolicamente apresentada pela Secretária mais antiga, a provada Hillary, que na eleição anterior cedera o lugar para o seu adversário Obama, muito para o desprazer de seu consorte, e ex-presidente Bill Clinton.

                Sem embargo, a rara unanimidade dos Secretários e dos Chefes com nível equiparado, de que os auspícios semelhavam positivos para que o poder americano representado por Barack Obama e que a grande Nação possuía as melhores condições para afinal levar para o Tribunal Penal Internacional, da Haia, o ditador sírio, e mudar a sorte de forma determinante com o apoio à revolução síria, tudo isso que prenunciava afinal o êxito de uma revolução Síria, com a causa da democracia, tudo isso, repito, iria desfazer-se melancolicamente com a difícil de entender recepção negativa do presidente americano da proposta levada nas mãos de Hillary, que refletia o sentir de todos aqueles chefes da Administração Obama, empenhados no longo conflito sírio.

                    Depois de tantos indícios em contrário, de que Obama não mais era o indeciso presidente que em tantas, demasiadas vezes aparecera no cenário internacional, eis que uma resposta negativa de Barack bateria cruelmente a porta para a juventude síria, que há tanto tempo se comprometera nesse longo e árduo combate - que agora parecia indicar alvorotadas possibilidades de êxito - e que estranha, incompreensível - e para quê não dizer - cruelmente vinha abandonar o povo sírio à própria sorte e ao ditador Bashar al-Assad , como se toda a luta iniciada em Dehra, no sul, fora um sacrifício em vão.e que a causa da democracia - que luzira afinal com boas perspectivas de um duro, difícil, mas afinal devido triunfo - fora sacrificada no salão oval da Casa Branca, em uma traição inesperada, de razões imperscrutáveis, tanto mais que aquele lenço branco traria um cruel e cruento epitáfio para a boa causa, enquanto abria  para Bashar as torpes perspectivas de uma salvação in extremis da causa ruim, da derrota da democracia na Terra da passagem, o que escancarava as portas para aproveitadores e tiranos, que logo se desvelariam nesse torpe cenário de uma revolução traída.
                         Tudo o mais, com aquele péssimo e pútrido auspício, incompreensivel deveras enquanto Barack batia a porta diante de um êxito significativo, em que a boa causa afinal venceria, e a democracia prevaleceria no que antes era a terra dos Assad. Não obstante, essa pavidez batia a porta diante de uma esperança que o passar dos anos reforçara de modo notável, e que se tornara não só possível, mas provável, ao cabo de muito sofrimento, que viraria história, duros percalços que, contra fortes expectativas, afinal prevaleceria. A tudo isso, Barack Obama bateu a porta, negando-se a levar a termo seja o cometimento unânime de todos os responsáveis e chefes pelas secretárias e agências presentes na dura luta, seja a esperança que afinal luzia com as fortes cores das boas luzes que distinguem as grandes causas.
                             A tudo isso, seja a timidez, seja algum inconfessável sentimento, terá impelido as renascentes dúvidas que o levaram descambar para o súbito abandono da boa empresa, e como a omissão nessas oportunidades costuma descerrar o cínico aut - aut, o destino proporcionava àquele tragédia multitudinária os favores concedidos às páginas históricas em que os maus fruem dos favores que  os tímidos protetores dos justos e de  suas boas causas transformam o drama alentador em um destino deveras ingrato e cruel, quando perecem os bons e finda a sua luta, e os maus, riem a bandeiras despregadas, pelos incongruentes  favores que lhes caíram no colo.       

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