Poucos
se lembram dos começos e das encorajantes primícias da revolução da juventude
síria contra o tirano Bashar al Assad. Já faz muito tempo de suas encorajantes
primícias. Os jovens sírios pensaram que desta vez seria para valer e se a sorte
e o presidente Obama os tivesse acompanhado, quando o 44º presidente recebera a
visita da então Secretária do Exterior, Hillary
Clinton, que acedera ao gabinete presidencial em representação de todos os
chefes de departamento com atuação externa, que envolvia a terra da passagem,
para ponderar a Barack Obama que os Estados Unidos não deveriam abandonar e sim
apoiar o já longo levante dos jovens sírios - que começara no sul - pois, Hillary e seus aliados avaliavam positivamente não só o seu
cometimento democrático, assim como as favoráveis perspectivas do longo embate,
que então prometiam um sofrido triunfo.
A despeito de perseverar na intratável expedição no montanhoso
Afeganistão, calvário de tantas outras potências, Obama, decerto para a
surpresa de boa parte do próprio gabinete, preferiu esquivar-se por razões até
hoje tingidas de mistério, tão claras se afiguravam então as perspectivas de
afinal prevalecer no longo curso daquele choque, quando a concordância de todos
os chefes no gabinete presidencial, que era simbolicamente apresentada pela
Secretária mais antiga, a provada Hillary, que na eleição anterior cedera o
lugar para o seu adversário Obama, muito para o desprazer de seu consorte, e
ex-presidente Bill Clinton.
Sem embargo, a rara unanimidade dos
Secretários e dos Chefes com nível equiparado, de que os auspícios semelhavam
positivos para que o poder americano representado por Barack Obama e que a
grande Nação possuía as melhores condições para afinal levar para o Tribunal
Penal Internacional, da Haia, o ditador sírio, e mudar a sorte de forma
determinante com o apoio à revolução síria, tudo isso que prenunciava afinal o
êxito de uma revolução Síria, com a causa da democracia, tudo isso, repito,
iria desfazer-se melancolicamente com a difícil de entender recepção negativa
do presidente americano da proposta levada nas mãos de Hillary, que refletia o
sentir de todos aqueles chefes da Administração Obama, empenhados no longo
conflito sírio.
Depois de tantos indícios em contrário, de que Obama não mais era o
indeciso presidente que em tantas, demasiadas vezes aparecera no cenário
internacional, eis que uma resposta negativa de Barack bateria cruelmente a
porta para a juventude síria, que há tanto tempo se comprometera nesse longo e
árduo combate - que agora parecia indicar alvorotadas possibilidades de êxito -
e que estranha, incompreensível - e para quê não dizer - cruelmente vinha
abandonar o povo sírio à própria sorte e ao ditador Bashar al-Assad , como se
toda a luta iniciada em Dehra, no sul, fora um sacrifício em vão.e que a causa
da democracia - que luzira afinal com boas perspectivas de um duro, difícil,
mas afinal devido triunfo - fora sacrificada no salão oval da Casa Branca, em
uma traição inesperada, de razões imperscrutáveis, tanto mais que aquele lenço
branco traria um cruel e cruento epitáfio para a boa causa, enquanto abria para Bashar as torpes perspectivas de uma
salvação in extremis da causa ruim,
da derrota da democracia na Terra da passagem, o que escancarava as portas para
aproveitadores e tiranos, que logo se desvelariam nesse torpe cenário de uma
revolução traída.
Tudo o mais, com
aquele péssimo e pútrido auspício, incompreensivel deveras enquanto Barack
batia a porta diante de um êxito significativo, em que a boa causa afinal
venceria, e a democracia prevaleceria no que antes era a terra dos Assad. Não
obstante, essa pavidez batia a porta diante de uma esperança que o passar dos
anos reforçara de modo notável, e que se tornara não só possível, mas provável,
ao cabo de muito sofrimento, que viraria história, duros percalços que, contra
fortes expectativas, afinal prevaleceria. A tudo isso, Barack Obama bateu a
porta, negando-se a levar a termo seja o cometimento unânime de todos os
responsáveis e chefes pelas secretárias e agências presentes na dura luta, seja
a esperança que afinal luzia com as fortes cores das boas luzes que distinguem as
grandes causas.
A tudo isso, seja a timidez, seja algum
inconfessável sentimento, terá impelido as renascentes dúvidas que o levaram
descambar para o súbito abandono da boa empresa, e como a omissão nessas
oportunidades costuma descerrar o cínico aut
- aut, o destino proporcionava
àquele tragédia multitudinária os favores concedidos às páginas históricas em
que os maus fruem dos favores que os
tímidos protetores dos justos e de suas
boas causas transformam o drama alentador em um destino deveras ingrato e cruel,
quando perecem os bons e finda a sua luta, e os maus, riem a bandeiras
despregadas, pelos incongruentes favores
que lhes caíram no colo.
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