As eleições europeias
produziram o seu leque, com a ascendência
de forças como o fascistóide húngaro Viktor
Orban e a sigla Fidesz (52%), atualmente suspensa, e o Primeiro Ministro
polonês, Mateusz Morawiecki, do eurocético
Lei e Justiça. Por sua vez, o vencedor
da eleição na Itália,o vice-premier Matteo Salvini, da Liga (34%), não
estará presente, pois o convidado por direito é o primeiro-ministro Giuseppe Conte.
Os sociais-democratas e
conservadores, que chegaram a ter 70% das cadeiras, têm atualmente 43%. Não tem
mais possibilidade de aprovar textos isoladamente, ou controlar o voto para a
escolha do presidente da Comissão Europeia Pode ser uma verdadeira mudança na
composição ideológica da direção do Parlamento europeu.
Dadas as indicações acima, não se pode
alimentar ilusões sobre a qualidade dos líderes futuros. Diante da formação
das bancadas, especula-se que a governança no Parlamento europeu será
assegurada por uma tríade entre sociais-democratas, conservadores e liberais. O que é possível para evitar o aventureirismo
fascistóide está em uma aliança tríplice de sociais-democratas, conservadores e
liberais.
Por sua vez, a chamada
direito eurocética está dividida em três grupos no Parlamento, um deles é o
patético Partido de Independência do Reino Unido (Ukip) e o italiano Movimento Cinco Estrelas, que dificilmente terá
condições de manter-se. De outro lado, a direita fascistóide de Matteo Salvini logo tratou de juntar forças no seu campo, que inclui a
extrema-direita francesa de Marine Le Pen, os húngaros de Victor Orbán e os
espanhóis do Vox. Por questões nacionais
e históricas, os poloneses do Pis desconfiam
da cercania entre Marine Le Pen e Salvini com os russos de gospodin Putin.
Dentro do aspecto
positivo, éstá o aumento do índice popular de participação, que passou do
passado (2014) 42,6% para o atual 51 %,
o que evidencia a maior relevância dada pelo público europeu à votação. o contexto dos resultados nacionais de maior
relevo, os dois principais partidos
britânicos - o Labour, com 14% e os Tories em quinto lugar, com 8,6%,
foram superados pelo oportunismo do fascistóide Nigel Farage, com o
partido do Brexit (sic), que aglutinou 31,7%, e os
liberais-democratas, que ficaram com 18,5%.
Já na Itália, a
fascistóide Liga virou o jogo contra o Movimento 5 Estrelas (com 34,3%) i.e. o
dito partido Antissistema 5 Estrelas, que logrou 17%. É de notar-se que por ora
Matteo Salvini, o capo da Liga, declarou não pretender, por ora,
desfazer a coalizão governante.
(
Fonte: O Globo ) _
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