Não sei se Matteo Salvini, chefe supremo da Liga,
terá previsto a sua esmagadora vitória nas eleições europeias, com trinta por
cento dos votos, e o que talvez lhe seja ainda mais gratificante, a derrota do
Movimento 5 Estrelas (M5S), sob a liderança de Luigi di Maio, que colheu
apenas 17% dos sufrágios.
Tampouco sei se Salvini se satisfará com o Ministério do Interior, em
um gabinete que tem a nominal chefia do Primeiro
Ministro Conte, montado quando da
entronização do gabinete, em um esquema adequado para uma coligação em que
existiam dois Chefes (Salvini e di Maio).
Mas a presença do neo-fascista
Salvini já se afigura demasiado grande para que ele venha a julgar necessária
uma reestruturação do gabinete. De qualquer modo, se algo vier a ocorrer é
muito provável que a iniciativa seja de Salvini, que já desempenhava tanto
poder anteriormente, que talvez ele se pergunte se tal lhe consulta os
interesses e valha a pena.
( Fonte: O Estado de S.
Paulo )
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