Não
me espanta que as eleições que hoje se iniciam na União Europeia - e de que o Reino Unido vai
ainda participar por causa das confusões aprontadas no seu desligamento -
venham a ser alimentadas pelas fake news
e turbadas pela presença da ultra-direita que parece florescer no estrume dos
próprios ódios.
Corre
que o hiper-nacionalismo e a ultra-direita, unidos pela simbiose da xenofobia e de
todos os meios de que dispõem os autocratas para influenciar ou constranger
pessoas, se lançarão na sua luta contra
a União Europeia, para tanto servindo-se do infame discurso do medo. Na festa
da Democracia no velho continente, haverá estranhos convidados que vicejam nos
jardins do ódio e do preconceito, regimes repressivos como os de Hungria e Polônia, enquanto a velha direita ambiciona crescer, sob o maligno sorriso de
ditadores que além-fronteiras contam progredir, pescando sempre nas águas
turvas de tolos simpatizantes.
Na festa da Democracia, ao parecer se embebedam os ditos homens-forte,
que vivem além-fronteiras, e com os seus olhos injetados se consomem num misto
de ódio e amor, gratidão e ressentimento, que ao mesmo tempo temem os contatos
em demasia, que chamam ultraje democrático, e as altaneiras distâncias dos
povos que sem pejo exibem os ditos excessos da libertinagem dos liberais que,
segundo aqueles, como sárcina das gentes sempre existirão...
Em homenagem a Jean Jacques Rousseau e Voltaire.
Um comentário:
Concordo em gênero, número e grau. Os vermes corroem a democracia usando seus próprios instrumentos. Já vimos esse filme.
Postar um comentário