quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Venezuela em Crise

                               
            A expressão é originária da política brasileira, mas a Venezuela de Nicolás Maduro a ela se adequa de forma perfeita e muito mais grave.
             Com efeito, se dizia antigamente de um governante brasileiro que "a crise viajara", com o que se sublinhava quem seria o real responsável por determinada crise, que tinha de resto muito pouco a ver com a profunda crise imperante atualmente na Venezuela.
              Por consenso geral desse sofrido Povo Venezuelano  o principal responsável pela catastrófica crise que assola a Venezuela é o Presidente Nicolas Maduro.
               A Venezuela chavista constitui na verdade um arremedo trágico de democracia. Assim como no passado as democracias populares na Europa Oriental eram um travesti de regime democrático, hoje o mesmo ocorre com este infeliz país do Caribe.
               A população  venezuelana enfrenta situação kafkiana, na medida em que a economia não mais funciona, o desabastecimento é a trágica  regra dominante, mas  nada disso serve para que Nicolás Maduro deixe o poder, que exerce em manifesto dano do Povo de seu país.
               Não basta a insatisfação da população em geral diante do escândalo do desgoverno e da corrupção. Vimos há pouco uma enorme manifestação, em que se escrevia com letras garrafais da profunda insatisfação reinante, da raiva crescente diante de um governo egoísta, desonesto, covarde e corrupto que se nega, através da montagem de farsas, assumir da urgência do referendo revocatório e cumprir com a lei e a Constituição.
                Qualquer administração a que sobrasse um grão de honestidade e de respeito com a situação do país, teria tido a ombridade de renunciar ou - o que é outro caminho igualmente admissivel - acabar enfim com as tergiversações e política de empurra em relação ao referendo revocatório e dar a palavra a quem de direito nesse momento difícil para a Venezuela, vale dizer, à população venezuelana.  Por uma série de trapaças e de enganos, Maduro vem postergando esse encontro que é inelutável.
                 Tão cega é a sua oposição que não se dá conta dos riscos gigantescos que corre, afrontando por meses e meses a população  venezuelana.
                  A situação em que ela se acha chega a mostrar-lhe a paciência. Em breve, contudo, a fome, a doença e a falta total de uma saída dessa crise que não seja desvencilhando-se da incapacidade e da corrupção espalhada por todo o aparelho estatal, através de ação decidida e determinada para dar um basta a esse padecimento que só tem um nome e sobrenome, porque encima todo um monturo de inépcia, incapacidade e  incompetência.
                   Que o BASTA seja vosso lema. É mais do que tempo de que a Venezuela se livre afinal desse estafermo, desse suplício de nome NICOLAS MADURO, dando-lhe o Inglório Fim que há demasiado tempo já faz por merecer.


( Fonte: Folha de S. Paulo )

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