A
expressão é originária da política brasileira, mas a Venezuela de Nicolás
Maduro a ela se adequa de forma perfeita e muito mais grave.
Com efeito, se dizia antigamente
de um governante brasileiro que "a crise viajara", com o que se
sublinhava quem seria o real responsável por determinada crise, que tinha de
resto muito pouco a ver com a profunda crise imperante atualmente na Venezuela.
Por consenso geral desse sofrido
Povo Venezuelano o principal responsável
pela catastrófica crise que assola a Venezuela é o Presidente Nicolas Maduro.
A Venezuela chavista constitui
na verdade um arremedo trágico de democracia. Assim como no passado as
democracias populares na Europa Oriental eram um travesti de regime
democrático, hoje o mesmo ocorre com este infeliz país do Caribe.
A população venezuelana enfrenta situação kafkiana, na
medida em que a economia não mais funciona, o desabastecimento é a trágica regra dominante, mas nada disso serve para que Nicolás Maduro
deixe o poder, que exerce em manifesto dano do Povo de seu país.
Não basta a insatisfação da
população em geral diante do escândalo do desgoverno e da corrupção. Vimos há
pouco uma enorme manifestação, em que se escrevia com letras garrafais da
profunda insatisfação reinante, da raiva crescente diante de um governo egoísta,
desonesto, covarde e corrupto que se nega, através da montagem de farsas, assumir
da urgência do referendo revocatório e cumprir com a lei e a Constituição.
Qualquer administração a que
sobrasse um grão de honestidade e de respeito com a situação do país, teria
tido a ombridade de renunciar ou - o que é outro caminho igualmente admissivel
- acabar enfim com as tergiversações e política de empurra em relação ao
referendo revocatório e dar a palavra a quem de direito nesse momento difícil
para a Venezuela, vale dizer, à população venezuelana. Por uma série de trapaças e de enganos,
Maduro vem postergando esse encontro que é inelutável.
Tão cega é a sua oposição que
não se dá conta dos riscos gigantescos que corre, afrontando por meses e meses
a população venezuelana.
A situação em que ela se acha chega a
mostrar-lhe a paciência. Em breve, contudo, a fome, a doença e a falta total de
uma saída dessa crise que não seja desvencilhando-se da incapacidade e da
corrupção espalhada por todo o aparelho estatal, através de ação decidida e
determinada para dar um basta a esse padecimento que só tem um nome e
sobrenome, porque encima todo um monturo de inépcia, incapacidade e incompetência.
Que o BASTA seja vosso lema.
É mais do que tempo de que a Venezuela se livre afinal desse estafermo, desse
suplício de nome NICOLAS MADURO,
dando-lhe o Inglório Fim que há demasiado tempo já faz por merecer.
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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