Parece
que estava esperando um artigo como o de
Paul Krugman, no New York Times de hoje.
Não é
so a cobertura reservada a Hillary, mas a maneira pela qual ela é dirigida
contra a candidata democrata diz muito
da verdadeira intenção de seus adversários.
A direita e os aliados do Partido
Republicano estão preocupados com a campanha - e a dizer verdade, eles têm toda
razão. Com efeito, é missão árdua e pouco promissora tentar apresentar Donald
Trump como modelo de honestidade. Assim, a sua confiança para a mídia, segundo
frisa Krugman, cresce se ele parece sugerir que não vai expulsar do país de uma
só vez todos os onze milhões de imigrantes ilegais. Com isso, ele estaria sendo
moderado, ingressando na tendência geral da sociedade...
De outro lado - ainda consoante
Krugman - se tem a impressão de que qualquer coisa que faça Hillary Clinton deve
ser algo corrupto. Nesse sentido, quem está inspirando essa estranha, bizarra
maneira de caracterizar a Fundação Clinton?
E, no entanto, tal Fundação é uma grande força pelo bem no mundo, e não
só de acordo com o articulista e Prêmio Nobel Krugman.
Ao contrário das insinuações da mídia,
Charity Watch (a vigia da Caridade),
que é agência independente de fiscalização dá a nota A para a fundação, melhor do que a Cruz Vermelha Americana.
A falta de fundamento nas acusações a
Hillary - inclusive ao asseverar que o próprio tamanho da Fundação
"levanta questões" - aqui transparece, como em outras similares, em
que as insinuações são preferidas aos fatos.
Como frisa Krugman, essa campanha da
mídia se assemelha muito ao tratamento dado aos candidatos em 2000, quando
George W. Bush "uma pessoa desonesta de um modo sem precedentes na
política americana" (de acordo com Krugman). Propôs grandes cortes no
imposto dos mais ricos, enquanto - em crua negação da aritmética - afirmava queesses
cortes favoreciam a classe média...
Ainda conforme Krugman, a maior parte da
cobertura da mídia dava então a impressão de que Mr Bush era pessoa franca e
direta, enquanto Al Gore era escorregadio e desonesto.
E agora, como assinala o Nobel Paul Krugman,
se tem a impressão de que tudo está acontecendo da mesma forma... Enquanto se dá passe livre no que concerne à
Universidade Trump, vejam como é tratada Hillary, em muitas questões tanto na
perseguição pelos republicanos - encastelados não se sabe por quanto tempo na
Câmara de Representantes - antes, a propósito do assassínio do Embaixador Chris
Stevens em Benghazi, e agora por conta dessa esotérica questão do servidor
particular de e-mails...
Por isso, não se pode tolerar -
como afirma Krugman - que 2016 repita
2000. Os Estados Unidos não podem permitir outra eleição que venha a ser
afetada por insinuações sem outra base que a má-fé.
( Fonte: artigo de Paul
Krugman, em The New York Times )
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