Cientistas especializados no
desafio climático, após inúmeras verificações da costa leste dos Estados
Unidos, já afirmam que o avanço do oceano Atlântico não é para ser computado
daqui a cem anos.
O exame do litoral marítimo estadunidense
determina que essa progressão - decorrência do aumento da temperatura média da
Terra - já é para este século XXI. Há vários países insulares, sobretudo no
Pacífico, ameaçados de desaparecimento, pela elevação do nível do mar.
A Groenlandia - aquela enorme
ilha no Atlântico Norte - está encolhendo. Dela tendem a descolar-se enormes
placas de gelo. Em outras palavras, essa grande ilha, de soberania
dinamarquesa, está derretendo.
Por outro lado, o Polo Norte sofre
os efeitos do fator térmico e a antiga rota do Ártico, que pelo anterior
congelamento só era navegável numa parte do ano, agora os navios podem cruzá-la
o ano inteiro!
Assim, quando se anuncia que a
costa leste americana breve estará necessitando de uma nova cartografia, eis
que o seu desenho atual tende a transformar-se
em vários pontos, não é afirmação sensacionalista. É a crua verdade.
Diante dessa progressão
inexorável, a única solução está em adotar uma política para valer quanto à
contenção dos diversos fatores que contribuem para o aquecimento do planeta
Terra.
Nesse campo, não há demagogia,
nem aterros que resolvam o problema. A única maneira de afrontar o problema
será através de política energética que respeite o planeta e que realmente
contribua para diminuir a acumulação de gás carbônico, com a consequente
elevação da temperatura média da terra.
Não há mais, na prática,
distinções entre países desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento. Todos estão no mesmo barco e estão por
consequente sujeitos aos mesmos problemas. Nesse contexto, não serão mais
possíveis as promessas habituais - como v.g. o que se prometeu com relação à
Baía de Guanabara e não se cumpriu. Que estamos transformando essa baía em
cujas águas límpidas mergulhei nos anos cinquenta (como relato na minha série Lembranças do meu tio Adolpho), e que
por uma mistura de corrupção, mau-caratismo e o típico pendor de muitos governantes
brasileiros de apelar para o tal jeitinho,
ou então a promessa desavergonhada como foi o caso do compromisso em
Copenhaguen, posteriormente cinicamente rompido, a dita Baía caminha a passos
rápidos para transformar-se em lagoa rasa e infecta...
(a
continuar, oportunamente...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário