quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O fenômeno Renan

                               
         De muita oportunidade o editorial de hoje do Estadão. Sob o título de 'estranha impunidade', apresenta a figura do Senador Renan Calheiros, que pode ser classificado como uma contradição ambulante.
         Depois de sua queda em 2007, quando " precisou renunciar (ao posto de presidente) para salvar o mandato de senador", Renan "está sendo investigado agora em doze inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), nove deles relativos à Lava Jato."
         O Estadão se reporta, outrossim, ao chamado Renangate que estourou em maio de 2007, quando veio a lume a notícia de que "a empreiteira Mendes Júnior pagava mesada de doze mil à amante, com quem Renan tinha uma filha".
         Mas esse escândalo já é passado e seria, no entender do Estadão "brincadeira de criança em comparação com o que viria".
         Agora o Presidente do Senado enfrenta "doze inquéritos junto ao STF, nove dos quais relativos à Lava Jato. Em sete de junho último, o Procurador-Geral da República chegou a pedir  a prisão de Renan Calheiros - como parte de  um grupo ilustre de peemedebistas integrado também por José Sarney, Eduardo Cunha e Romero Jucá - sob a acusação de tentar obstruir os trabalhos da Operação Lava Jato."
           Na sua conclusão, o editorial do Estado de S. Paulo  distingue entre o alagoano, que "é um devoto das sombras e evita desafiar abertamente o governo - qualquer governo."  Já o vedetismo de Eduardo Cunha ter-se-ía voltado contra o próprio...
            Contudo, o suposto adesismo do Senador das Alagoas  "não explica por que  Renan Calheiros" - sempre segundo o editorial do Estadão - "continua se beneficiando da proverbial morosidade da Justiça, o que o estimula a desafiá-la com crescente desassombro."


( Fonte:  O  Estado de S. Paulo )

Nenhum comentário: