De
muita oportunidade o editorial de hoje do Estadão. Sob o título de 'estranha
impunidade', apresenta a figura do Senador Renan Calheiros, que pode ser
classificado como uma contradição ambulante.
Depois de sua queda em 2007, quando " precisou renunciar (ao posto
de presidente) para salvar o mandato de senador", Renan "está sendo
investigado agora em doze inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), nove
deles relativos à Lava Jato."
O
Estadão se reporta, outrossim, ao chamado Renangate
que estourou em maio de 2007, quando veio a lume a notícia de que "a empreiteira
Mendes Júnior pagava mesada de doze mil à amante, com quem Renan tinha uma
filha".
Mas
esse escândalo já é passado e seria, no entender do Estadão "brincadeira
de criança em comparação com o que viria".
Agora
o Presidente do Senado enfrenta "doze inquéritos junto ao STF, nove dos
quais relativos à Lava Jato. Em sete
de junho último, o Procurador-Geral da República chegou a pedir a prisão de Renan Calheiros - como parte
de um grupo ilustre de peemedebistas
integrado também por José Sarney, Eduardo Cunha e Romero Jucá - sob a acusação
de tentar obstruir os trabalhos da Operação Lava Jato."
Na
sua conclusão, o editorial do Estado de S. Paulo distingue entre o alagoano, que "é um
devoto das sombras e evita desafiar abertamente o governo - qualquer
governo." Já o vedetismo de Eduardo
Cunha ter-se-ía voltado contra o próprio...
Contudo, o suposto adesismo do Senador das Alagoas "não explica por que Renan Calheiros" - sempre segundo o
editorial do Estadão - "continua se beneficiando da proverbial morosidade
da Justiça, o que o estimula a desafiá-la com crescente desassombro."
(
Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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