quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Desconhecer o Símbolo ?

                                         

       A análise da Professora Eloisa Machado de Almeida, sobre 'A Competência do Julgamento' feita sob encomenda do Estadão,  lembrou-me do paradoxo grego 'ao calar-se falam' ( öçórí óéùð¦í ).
       É altamente questionável a assertiva da professora da FGV Direito em São Paulo, Dra Eloisa Machado de Almeida quanto as razões pelas quais  o Juiz Sérgio Moro recebeu a denúncia contra o ex-presidente Lula nas imputações de lavagem de dinheiro e corrupção."Apesar de serem os únicos crimes imputados a Lula, não se pode ignorar o enorme impacto que a contextualização feita pelo MPF sobre mensalão e Lava Jato causaram na ação."
       E acreditando-se carregada pela lógica, assevera: "A afirmação de que Lula seria, enquanto presidente, o articulador dos desvios da Petrobrás  serviu para estabelecer a competência de Moro como juiz do processo."
       Essa tese, por discutível que seja, e decerto popular entre muitos advogados, se choca contra fatos de difícil desconstrução.
        O juiz Moro mostrou a própria competência para o Povo brasileiro ao ensejo da Lava Jato, e foi nesse contexto, respondendo pelo trabalho e a seriedade, que ele avulta no combate à corrupção.  Se não parece ser da classe advocatícia, esse entendimento da natural presença e afirmação através de um trabalho sério e consequente é que, ao meu modesto ver, representa o fundamento sólido por que a 13ª Vara Federal de Curitiba venha a colher a missão na qual trabalha por já algum tempo, com a aprovação do Povo soberano.
 

( Fonte:  O  Estado de S. Paulo )         

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