A
análise da Professora Eloisa Machado de Almeida, sobre 'A Competência do
Julgamento' feita sob encomenda do Estadão,
lembrou-me do paradoxo grego 'ao calar-se
falam' ( öçórí óéùð¦í
).
É
altamente questionável a assertiva da professora da FGV Direito em São Paulo,
Dra Eloisa Machado de Almeida quanto as razões pelas quais o Juiz Sérgio Moro recebeu a denúncia contra o
ex-presidente Lula nas imputações de lavagem de dinheiro e corrupção."Apesar
de serem os únicos crimes imputados a Lula, não se pode ignorar o enorme
impacto que a contextualização feita pelo MPF sobre mensalão e Lava Jato
causaram na ação."
E
acreditando-se carregada pela lógica, assevera: "A afirmação de que Lula
seria, enquanto presidente, o articulador dos desvios da Petrobrás serviu para estabelecer a competência de Moro
como juiz do processo."
Essa
tese, por discutível que seja, e decerto popular entre muitos advogados, se
choca contra fatos de difícil desconstrução.
O juiz
Moro mostrou a própria competência para o Povo brasileiro ao ensejo da Lava
Jato, e foi nesse contexto, respondendo pelo trabalho e a seriedade, que ele
avulta no combate à corrupção. Se não parece
ser da classe advocatícia, esse entendimento da natural presença e afirmação
através de um trabalho sério e consequente é que, ao meu modesto ver,
representa o fundamento sólido por que a 13ª Vara Federal de Curitiba venha a colher
a missão na qual trabalha por já algum tempo, com a aprovação do Povo soberano.
(
Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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