O ex-presidente do Supremo Tribunal
Federal, o ministro Ricardo Lewandowski, em conferência na USP,
se pronuncia mais como militante político, do que enquanto membro do STF. Sua
excelência, em palestra na universidade paulista, considera o impeachment como 'tropeço na democracia', chegando a apostrofar de lamentável o aludido processo durante
aula por ele pronunciada na referida
universidade da Paulicéia.
São demasiado conhecidas as raízes
petistas de Sua Excelência Lewandowski. Não foi à toa que ele teve dificuldades
em eleição passada, quando o público presente em seção eleitoral paulistana
forçou-lhe a saída pela porta dos fundos,
com os eleitores revoltados com a sua atuação como revisor do processo da Ação penal
470 (mensalão), em especial os respectivos
embates com o Ministro Joaquim Barbosa, então relator desse histórico processo
- que encetara a derrocada do Partido dos Trabalhadores - e Presidente da Corte.
Outra recentíssima e polêmica decisão
de Sua Excelência Ricardo Lewandowski, foi de aceitar o fatiamento da sentença de
impeachment de Dilma Rousseff, ao concordar, de maneira insólita, em
aplicar apenas parte do dispositivo constitucional, como se os artigos da Lei
Magna, lavrados no mármore ático das disposições perenes, pudessem admitir
aplicação em oportunistas juntadas com disposições regimentais do Senado
Federal.
Ora, a Constituição, quando aplicada, decerto
não admite que seus artigos sejam talhados ou fatiados, para ajustá-los ao mood das maiorias ou de turno, ou do
crasso oportunismo. É de prever-se que o arreglo
aprovado por Sua Excelência Lewandowski, que se deixara convencer pelas vozes
de estranha e casuísta maioria, vá ter, oportunamente, o destino que merece.
(
Fonte: Site on-line de O Globo )
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