O
ocaso do PT
Nesta
eleição, que é de nível municipal, muito dos candidatos fogem da sigla PT como
o diabo da cruz. Assim, mesmo no desfile dos chamados candidatos anônimos -
aqueles que dispõem de segundos na tevê - e que se lançam desesperados na busca
de um sinal que lhes marque a presença na rápida passagem das figurinhas
políticas - existe nessa amorfa coorte um distintivo característico.
Em verdade, eles fogem das duas letras antes mágicas, e hoje incômodas,
inconvenientes e, por conseguinte, quase uma marca similar àquelas que lançavam
nos infelizes por ela deformados ao abismo reservado aos réprobos e
delinquentes nas sociedades de antigamente.
Por isso, os que se refugiam sob as duas letras que antes tanto reluziam
- quase então chave e sinônimo de poder - hoje as tratam como espécie de
maldição a ser evitada a todo custo.
O
mais engraçado - ou talvez o mais cruel - que são os antigos caudatários - das
siglas dos partidos subalternos do PT (como em outras eras, o Partido
Revolucionário Institucional, o PRI, que era o principal fundamento do regime
autoritário mexicano, em que havia partidos menores caudatários, como o PAN, para dar falsa legitimidade
ao partido do governo) que mostram grande afã em exibir a própria fidelidade ao
PT, como é caso do partido caudatário PCdoB.
A sua candidata - à prefeita no Rio -
Jandira Feghali apraz luzir com as cores do PT, como se tivesse gosto em exibir
hiper-fidelidade ao partido de Lula & Cia. hoje escanteado pelos antigos
militantes.
Assim, em São Paulo, Haddad não consegue sair da planície daqueles que,
lá atrás, estão também concorrendo. Nem
desta feita vai aparecer o duende que tudo resolverá para o 'poste' da vez, com
a aliança com um dos mais marcados políticos de Pindorama. No Rio, não há
candidatos do PT, excluída a Feghali, que exibe, como prêmio, a imagem da
derrotada Dilma, que só pode estar atuando politicamente por ter sido fatiado,
graças a Lewandowski, o respectivo impeachment. Mas nem esta inconstitucionalidade está
fadada a durar muito.
Crivella
e a eleição municipal
A
aliança com Garotinho feita pelo candidato Marcelo Crivella (PRB) - que ainda
está à frente das pesquisas - gera questionamentos como a associação com a Universal, que na verdade mais tiram do
que acrescentam votos ao atual líder...
É tendência do Senador Crivella de sair na frente dos prognósticos
eleitorais, para depois, nas disputas por cargos executivos, recuar e ceder a
dianteira para outrem.
Há candidatos que estão crescendo -
como Marcelo Freixo (PSOL), a despeito do exíguo tempo de que dispõe na
tevê.
Outra que se movimenta bastante - e que na verdade é uma espécie de
fantasma do PT, é a Feghali (PCdoB), cujo índice de rejeição rivaliza com o de
Pedro Paulo (PMDB), o candidato oficial do Prefeito.
Os outros na disputa - e não são
poucos - incluem Indio da Costa (PSD),
Osório (do PSDB), Alexandre Molon (da Rede), e Flávio Bolsonaro (PSC)
Referendo
na Venezuela
É um acinte contra o povo venezuelano, e às
suas seguidas, maciças, manifestações pela convocação do referendo, que é transformado
em antidecisão, eis que o seu resultado negativo redundará na transferência
do poder, não para a Oposição, mas sim para outro boneco do chavismo, no caso o
vice-presidente de Nicolás Maduro.
Não se muda, portanto, na prática nada, eis que ao trapalhão Maduro, que
conseguiu aprontar a bagunça que todos vêem - situação realmente calamitosa -
e, num passe de mágica, olhem senhores quem o Povo Soberano determina que é o
seu sucessor. Na verdade, quem vem
substituí-lo é outro apparatchik do
desmoralizado partido chavista...
Assim, essa pretensa solução não
passa de colossal provocação ao Povo Venezuelano. Depois de fazer passar o
tempo por série de embustes, apimentados pela má-fé de regime corrupto e
incompetente, de modo a que legalmente surja o Vice de Maduro como substituto
legal, estamos aqui diante da afronta ao sofrido Povo da Venezuela - a quem
mais uma vez se denega, pela consueta covardia do regime - uma eleição para
valer. Batem-lhe à porta 1111 reformas e correções indispensáveis para que se
ponha fim ao regime que, malgrado em
estado terminal, não obstante, se recusa a reconhecê-lo !
E falem da paciência do Povo...
Nunca se viu similar despautério.
A História, no entanto, é rica de lições - e de tenebrosas advertências
- para esse ignavo e ignaro bando que a
si próprio se condena por não dar importância ao mene tekel de que já se
distinguem os fatídicos riscos nos muros do Palácio..
Pois quem desconhece tais avisos, está condenado, mais cedo ou mais
tarde, a sofrer sorte pior daquela que
imaginar-se possa.
(
Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo, The New York Times
)
Um comentário:
Depois de tudo que passamos e continuamos passando o cenário é de muitas incertezas e provoca uma falta de interesse generalizada.Está muito difícil acreditar em FUTUROS REPRESENTANTES POLÍTICOS, está difícil de optar. Em Porto Alegre o cenário indica a vitória de Sebastião Mello, pelo PMDB.
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