VEJA, que ora circula, tem reportagem sob o
título Honestidade Seletiva. Essa matéria complementa blog desta semana, sob o título A delação
de Leo Pinheiro, de que a fonte
principal é O Estado de S. Paulo.
Vamos por
partes. Na matéria referida acima a ênfase estava na delação do empresário Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS. A
entrada em cena do então Ministro das Relações Institucionais, Ricardo
Berzoini, foi para mostrar que era também preocupação do Governo Dilma
o eventual desenrolar da chamada CPI da Petrobrás.
É de notar-se que a intervenção de "ministro
do coração de Dilma" - ganha considerável ênfase nas linhas de VEJA. Com efeito, "Berzoini,
um dos mais próximos da Presidenta, aí terá dito que "o Palácio do
Planalto esperava apoio das construtoras para abafar as investigações em curso".
A propósito, "foi do próprio Pinheiro (condenado a dezesseis anos de
prisão e preso em Curitiba), a iniciativa de fazer essas declarações sobre o
caso".
O
artigo de VEJA se reporta, outrossim, a um suposto pagamento de R$ 2,85 milhões
(desses, parcela de 350 mil terá sido transferida para a Paróquia São Pedro, em
Taguatinga,DF, a pedido de Gim Argelo (que está preso desde abril). Os outros
2,5 milhões de reais caíram na conta do PMDB nacional, sendo que só 1 milhão de
reais foi declarado à Justiça Eleitoral. O valor restante (como caixa 2) ajudou
a pagar as contas da campanha de Vital ao governo da Paraíba. Derrotado, ele
ganhou um senhor prêmio de consolação do governo Dilma: foi nomeado ministro do
Tribunal de Contas da União.
Embora Dilma não seja suspeita de
embolsar propina, nem de enriquecer a custa do Petrolão, como reconhece a
revista VEJA," é forçoso também reconhecer que a Lava-Jato, no entanto,
está recolhendo fortes indícios e vários testemunhos de que a petista se
beneficiou politicamente dos recursos desviados da Petrobrás, que foram usados
para ajudar a governabilidade e financiar suas campanhas. Em outras palavras, a
ex-presidente usou dinheiro de corrupção para chegar ao poder e tentar
manter-se nele. Pelo que informam as evidências e o depoimento de Léo Pinheiro,
tudo leva a crer que Dilma aproveitou a propinocracia com plena
consciência do que estava fazendo.
(Seguem-se as negativas do Ministro Vital do Rego e a defesa de Gim Argello,
que refutou a narrativa de Léo Pinheiro e diz que o ex-senador vai provar sua
inocência.)"
(Fonte: Veja, pp.48 e 49, reportagem, c/foto,
intitulada Honestidade Seletiva)
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