sábado, 17 de setembro de 2016

VEJA acusa Dilma

                                 

         VEJA, que ora circula, tem reportagem sob o título Honestidade Seletiva. Essa matéria complementa blog desta semana, sob o título A delação de Leo  Pinheiro, de que a fonte principal é O Estado de S. Paulo.
         Vamos por partes. Na matéria referida acima a ênfase estava na delação do empresário Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS. A entrada em cena do então Ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, foi para mostrar que era também preocupação do Governo Dilma o eventual desenrolar da chamada CPI da Petrobrás.
         É de notar-se que a intervenção de "ministro do coração de Dilma" - ganha considerável ênfase  nas linhas de VEJA. Com efeito, "Berzoini, um dos mais próximos da Presidenta, aí terá dito que "o Palácio do Planalto esperava apoio das construtoras para abafar as investigações em curso". A propósito, "foi do próprio Pinheiro (condenado a dezesseis anos de prisão e preso em Curitiba), a iniciativa de fazer essas declarações sobre o caso".
          O artigo de VEJA se reporta, outrossim, a um suposto pagamento de R$ 2,85 milhões (desses, parcela de 350 mil terá sido transferida para a Paróquia São Pedro, em Taguatinga,DF, a pedido de Gim Argelo (que está preso desde abril). Os outros 2,5 milhões de reais caíram na conta do PMDB nacional, sendo que só 1 milhão de reais foi declarado à Justiça Eleitoral. O valor restante (como caixa 2) ajudou a pagar as contas da campanha de Vital ao governo da Paraíba. Derrotado, ele ganhou um senhor prêmio de consolação do governo Dilma: foi nomeado ministro do Tribunal de Contas da União.  
          Embora Dilma não seja suspeita de embolsar propina, nem de enriquecer a custa do Petrolão, como reconhece a revista VEJA," é forçoso também reconhecer que a Lava-Jato, no entanto, está recolhendo fortes indícios e vários testemunhos de que a petista se beneficiou politicamente dos recursos desviados da Petrobrás, que foram usados para ajudar a governabilidade e financiar suas campanhas. Em outras palavras, a ex-presidente usou dinheiro de corrupção para chegar ao poder e tentar manter-se nele. Pelo que informam as evidências e o depoimento de Léo Pinheiro, tudo leva a crer que Dilma aproveitou a propinocracia com plena consciência  do que estava fazendo. (Seguem-se as negativas do Ministro Vital do Rego e a defesa de Gim Argello, que refutou a narrativa de Léo Pinheiro e diz que o ex-senador vai provar sua inocência.)"


   (Fonte: Veja, pp.48 e 49, reportagem, c/foto, intitulada Honestidade Seletiva)

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