Não foi decerto por
acaso que a Ucrânia alcançou o terceiro lugar na Paraolimpíada do Rio
de Janeiro. Enquanto na Olimpíada do Rio, a Ucrânia alcançou o 31º lugar (bastante atrás do Brasil,
que obteve o 13º), já na
Paraolimpíada, esse heróico país (que enfrenta conflito com a Rússia,
notadamente por causa de querer entrar para a União Européia e não para
associação consular patrocinada por Moscou) conseguiu o terceiro lugar (o Brasil,
que patrocinou o evento, teve o 13°).
A esse propósito, em artigo publicado na
Folha de S. Paulo, Mariana Lajolo faz oportunas e muito pertinentes observações,
que me permito citar parcialmente:
Conforme sublinha a autora do artigo,
enquanto nos "Jogos Olímpicos do Rio, em agosto, (a Ucrânia) ficou lá
atrás no quadro de medalhas, em 31º lugar, com onze pódios e apenas dois ouros.
Já "nos esportes paraolímpicos, o
país é uma potência. Terminou a competição em terceiro, à frente dos Estados
Unidos. Em sua estréia no evento, há exatamente duas décadas, em Atlanta, os
ucranianos ficaram em 44°.
O que ajudou nessa transformação foi o
trabalho de Valeriy Sushkevych, fundador e presidente do
comitê paraolímpico local e ex-nadador da antiga URSS.
Membro do Parlamento ucraniano em Kiev, ele
desenvolveu sistema que prevê ao menos uma escola em cada região do país que
traga os esportes também para crianças com deficiências.
Elas nadam, correm, levantam peso,
jogam vôlei, basquete, assim como tudo o mais. A experiência as ajuda a
melhorar a autoestima, ganhar confiança, independência e ter uma saúde
melhor. E de uma base com muitos
praticantes são escolhidos os atletas.
Para eles, a Ucrânia dispõe de um dos
melhores centros de treinamento da Europa, totalmente adaptado às necessidades
dos deficientes. O governo ucraniano
banca a maior parte do programa. Sem tal
aporte de verba, ele seria inviável.
( Fonte: Folha de S. Paulo )
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