segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Avanço da Ucrânia na Paraolimpíada

                 

         Não foi decerto por acaso que a Ucrânia alcançou o terceiro lugar na Paraolimpíada do Rio de Janeiro. Enquanto na Olimpíada do Rio, a Ucrânia alcançou o 31º lugar (bastante atrás do Brasil, que obteve o 13º), já na Paraolimpíada, esse heróico país (que enfrenta conflito com a Rússia, notadamente por causa de querer entrar para a União Européia e não para associação consular patrocinada por Moscou) conseguiu o terceiro lugar (o Brasil, que patrocinou o evento, teve  o 13°).
      A esse propósito, em artigo publicado na Folha de S. Paulo, Mariana Lajolo faz oportunas e muito pertinentes observações, que me permito citar parcialmente:
        Conforme sublinha a autora do artigo, enquanto nos "Jogos Olímpicos do Rio, em agosto, (a Ucrânia) ficou lá atrás no quadro de medalhas, em 31º lugar, com onze pódios e apenas dois ouros.
        Já "nos esportes paraolímpicos, o país é uma potência. Terminou a competição em terceiro, à frente dos Estados Unidos. Em sua estréia no evento, há exatamente duas décadas, em Atlanta, os ucranianos ficaram em 44°.
        O que ajudou nessa transformação foi o trabalho de Valeriy Sushkevych, fundador e presidente do comitê paraolímpico local e ex-nadador da antiga URSS.
         Membro do Parlamento ucraniano em Kiev, ele desenvolveu sistema que prevê ao menos uma escola em cada região do país que traga os esportes também para crianças com deficiências.
         Elas nadam, correm, levantam peso, jogam vôlei, basquete, assim como tudo o mais. A experiência as ajuda a melhorar a autoestima, ganhar confiança, independência e ter uma saúde melhor.  E de uma base com muitos praticantes são escolhidos os atletas.
         Para eles, a Ucrânia dispõe de um dos melhores centros de treinamento da Europa, totalmente adaptado às necessidades dos deficientes.  O governo ucraniano banca  a maior parte do programa. Sem tal aporte de verba, ele seria inviável.



( Fonte:  Folha de S. Paulo )

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