A
pobreza mental do 45º presidente não é mais um cochicho de conhecedores, mas um
dado acessível à maioria do Povo americano.
Por outro lado, a indiscrição tem sido um de seus piores inimigos, eis
que não consegue controlar a própria língua, tornando conhecidas as respectivas
avaliações negativas de seus colaboradores mais próximos.
O jornalista Bob Woodward, o
cronista de Watergate, o escândalo
terminal da presidência Nixon, tentou obter uma entrevista com Trump, mas ao
cabo não logrou, o que mostra sobrar ainda algum bom senso ao atual presidente.
Sem embargo, a indigência
intelectual é uma das vigas mestras do respectivo cérebro.
O antigo Secretário de Estado de Trump, Rex Tillerson, um especialista em petróleo e que fora embaixador
junto a Vladimir Putin, o
considerava um idiota. Mas não foi por dizê-lo abertamente, que acabou
demitido.
Investigado por Robert Mueller
III, o Conselheiro Especial, Trump
guarda rancor de seu Secretário de Justiça, Jeff Sessions, porque
este se recusou a supervisionar a investigação russa. Trump não é capaz de
entender que Sessions, pela sua posição, não possa intervir no trabalho de
Mueller.
Impossibilitado de livrar-se de Sessions, desafoga a própria raiva ao
dizer-lhe pelas costas:"esse cara é um retardado, É um sulista burro. Não
poderia nem ser advogado no interior de Alabama".
De qualquer forma, já circula nos Estados Unidos mais um livro de Bob Woodward, sob o título
"Fear" (medo), e que retrata esses dois caóticos anos da presidência
Trump. Dado o seu estado presente, e a
consequente desmoralização pública, parece arriscado aventurar-se a prever o
tempo que lhe resta na Casa Branca.
( Fonte: Folha
de S. Paulo )
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