Mais um ex-assessor de
Trump, Robert Manafort, decide cooperar com o Procurador-Especial, Robert
Mueller III. Às vésperas das eleições legislativas de novembro, em que a
possibilidade de que a Camara de Representantes, que desde o segundo ano da
presidência Barack Obama é dominada pelo Partido Republicano, venha a restaurar
o processo de que o normal jogo democrático se restabeleça, com a volta dos
democratas à maioria na Câmara Baixa, depois do longo intervalo formado por uma
série de medíocres Speakers
republicanos, a partir de 2011 até o presente.
Para
tanto está colaborando a queda da popularidade do Presidente Donald Trump,
determinada por uma série de fatores,
que se inicia com os numerosos erros políticos cometidos pelo 45º
presidente.
Por
isso, o fantasma do impeachment deixa
de ser uma longínqua perspectiva, para crescer sob o impulso de numerosos
escândalos, entre eles, o artigo anônimo de um colaborador da Casa Branca,
consoante publicado pelo New York Times,
precedido pelo acordo entre o
advogado Cohen e a Justiça, com admissão de culpa em questões relacionadas com
o presidente, e agora o ulterior golpe do acordo de Manafort, ex-chefe de
campanha de Trump, com o procurador-especial Mueller.
Se a
crescente desmoralização de Trump não é produto de outro livro best-seller que recorde episódios de uma
estranhíssima presidência, ela na verdade resulta de um conjunto de
circunstâncias que criam uma atmosfera, se não de fim de mandato, com toda probabilidade refletem para o
público estadunidense a visão nada favorável de uma crescente onda negativa em
termos de prestígio presidencial.
O
ridículo pode ser um precursor de um
novo desastre em termos de relações públicas. Assim como acontecera com
precursor seu, continua a acumular-se uma série de fatos negativos, enquanto a
símile dos que abandonam o navio compõe o quadro, com as repercussões
políticas que se sucedem sem a interposição de fatos positivos.
E
dizer-se que esse presidente mal completa a metade do tempo em que o eleitorado
seria chamado a responder à indagação política se Mr Trump teria condições de
manter à distância o fantasma de um impeachment
, que pelo andor da carruagem começa a adquirir um agressivo realismo, no
qual o que parecia comédia ainda que de
mau gosto, vai adquirindo outros contornos em que as aparências desaparecem e a
realidade se veste de sombras que já
visitaram a outros moradores da Casa Branca.
( Fonte: The New York Times )
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