terça-feira, 25 de setembro de 2018

Projeto bipartidário para a Venezuela


                    
         Senadores democratas e republicanos apresentaram ontem no Senado projeto de lei para lidar com a crise venezuelana, com o intento de aumentar a pressão "política, econômica e diplomática" contra o governo de Nicolás Maduro.
          O Congresso tem, nesse sentido, a ideia de forçar o governo Trump a isolar ainda mais o regime chavista. Também se prevê a concessão da chamada ajuda direta.
           Os dois principais pontos do projeto são o aumento das sanções para "agentes do Governo venezuelano" e o envio de US$ 40 milhões para assistência humanitária. Desta soma, US$ 20 milhões iriam para a crise interna - não estão esclarecidos os meios e a natureza desse fluxo, dada a postura hostil a Washington do regime de  Maduro; e os outros US$ 20 milhões para os países vizinhos, diante dos "desafios do crescimento da migração venezuelana".
            Como não poderia deixar de ser, o Brasil está incluído nos países que receberão assistência. Havendo vários países afetados pela migração causada pelo desgoverno de Maduro, a começar, dada a cercania e o número de refugiados ali já presentes, pela Colômbia. Quanto ao Brasil, a migração venezuelana afeta em especial a Roraima, como tem sido noticiado pelo blog.
             A proposta em tela  é  apresentada sob a liderança dos senadores democratas Bob Menendez, Bill Nelson, Dick Durbin e Ben Cardin,  juntamente com os republicanos  Marco Rubio, John Cornyn e David Perdue.  Obviamente, o projeto de  lei  depende também da aprovação da Câmara de Representantes.
              A intervenção volta a ser discutida: segundo Fernando Cutz, que foi conselheiro sobre a América do Sul no Conselho de Segurança da Casa Branca, o uso de forças americanas "não é a solução ideal, mas não vejo outra saída, além de tirar Maduro pela força".
               No Wilson Center, que é centro de estudos em Washington, consoante declarou Mr Cutz: "A pergunta é como fazer isso. Maduro não vai embora, porque não se importa que as pessoas estejam morrendo de fome, e fugindo do país, e muito menos com o enorme problema criado para Colômbia, Peru e Brasil ."

( Fonte: O Estado de S. Paulo )    

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