Esse presidente, de nome Donald
Trump, eleito que foi pela pontual ajuda do diretor do FBI, James Comey, através da atitude tão
estranha e difícil de definir quanto a própria inoportuna e descabida mensagem
ao Congresso estadunidense, em plena votação antecipada na eleição de 2016 para
Presidente, em que, de forma irresponsável, alude à possível existência no
computador do marido-afastado de Huma Abedin, secretária de Hillary no
Departamento de Estado, de novos elementos a serem examinados no contexto da
investigação de seu uso como canal privado desse servidor pela Secretária de
Estado Hillary Clinton. Esse aviso, feito por Comey, levantou falsas lebres a
respeito da candidata Hillary, que já fora suficientemente castigada pela seu
uso a titulo particular do servidor público do computador do State Department.
A mensagem, contudo, como revelou a investigação posterior, nada de relevante
para a questão do dito servidor apresenta contra a candidata do Partido
Democrata. Mas houve uma decalagem fatídica para ela, provocada pelo aviso, no
mínimo imprudente, feito por Mr James Comey: primo - a mensagem intempestiva levantou uma falsa lebre junto aos
eleitores antecipados. Nada havia contra a candidata no computador desse marido
afastado da secretária de Hillary que acaso depusesse contra a candidata. Mas esse aviso de Mr Comey - seja dito de paso - desrespeitava todas as regras do Departamento
de Justiça - de evitar comunicações políticas que criassem confusão na mente do
eleitor e que pudessem ser acaso prejudiciais para os eventuais candidatos à
Presidência. E foi o que ocorreu com essa inenarrável leviandade - to say the
least - em termos de possível confusão - e indução a erro - na mente dos
eleitores antecipados. Quando ela foi
divulgada - refiro-me à irresponsável leviandade de Mr Comey - a candidata
Hillary tinha a vantagem de 6% no cômputo de votos para presidente. Estava, então, em pleno curso a dita votação
antecipada pelos eleitores, que é praxe nos Estados Unidos, nesse período que
antecede o processo eleitoral propriamente dito.
Concluído esse breve período, a
apuração já indica que, sem dúvida influenciada pela informação tendenciosa, e
que induziu a suspeita de que algo houvesse de errado quanto ao dito computador
do marido separado da secretária de Hillary, as prévias dos resultados de uma
eleição estreitamente disputada passaram a indicar que a candidata democrata,
de sua vantagem de seis por cento no
escrutínio geral, passara a uma desvantagem de exatamente seis
por cento, mas agora, vejam só o que lograra a mensagem de Mr Comey, esses mesmos seis por cento passam a ser
em favor do candidato republicano, Mr Donald Trump !
Alem de desrespeitar as sensatas e
sempre oportunas determinações da Secretaria de Justiça, a que esse diretor do
F.B.I., Mr James Comey, deveria obedecer, se juízo tivesse, o que aconteceu foi
justamente o contrário, com a descabida e inoportuna quebra das sábias injunções
do regimento da Secretaria de Justiça, que colimam manter condições de fair play em vigor durante o pleito
eleitoral, e, como é lógico, tal regra deve merecer a maior atenção para evitar
o que justamente ocorreu, em detrimento de influência negativa que a
inadmissível intromissão de Mr Comey provocou, causando inadmissível interferência no processo
eleitoral, com efeitos desastrosos para a candidata Hillary e a fortiori para o Povo, provocando uma
brusca e artificial mudança no cômputo dos sufrágios, que passou a ser em
favor do candidato Donald Trump, o que antes não era a tendência da
votação decerto apertada, mas com clara vantagem de seis por cento a favor da
democrata Hillary.
Destarte, não se deu até o presente o realce necessário de que se houve
um grande eleitor nessa eleição de 2016, esse estranho papel foi assumido na
prática pelo então Diretor do Federal Bureau of Investigations, Mr James Comey.
Empalidecem, por conseguinte, as insinuações e tudo aquilo que o
hacking do diretório do Partido
Democrata, feito pelo serviço secreto russo não lograra obter, dentro de seu escopo
de distorcer os propósitos da candidatura de Hillary;
a própria divulgação por Wiki-Leaks, supostamente a cargo de Julian Assange, então asilado
na Embaixada do Equador em Londres, em esforço para divulgar mensagens diplomáticas
confiden-ciais da Administração Obama, que seriam supostamente comprometedoras e tudo o mais coletado pelos hackers russos,
que pudesse de algum modo prejudicar a candidatura da Secretária de Estado
Hillary Clinton.
O que é relevante, no caso, não é apenas a circunstância de que grande
parte dessa movimentação estrangeira partira do Kremlin e, em especial, de gospodin
Vladimir Putin, na sua dúplice qualidade de desafeto de Hillary Clinton e
principal apoiador estrangeiro da candidatura de Donald Trump, como já
sobejamente demonstrara, através de diversos enviados seus que contactaram Trump
e respectiva equipe de campanha no Partido Republicano.
( Fontes: What
Happened, de H.R. Clinton;The New York Times; The New York Review; The New Yorker ).
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